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Produtores esperam redução de custo com defesa vegetal

Governo prometeu diminuir em 70% tempo de espera por liberação de agroquímicosO Plano de Defesa Agropecuária, lançado neste mês pelo governo federal, prevê uma série de medidas para assegurar a sanidade vegetal de segmentos como a citricultura, as frutas e o algodão. 

Fonte: Canal Rural

Os produtores esperam que o custo de produção fique menor, já que o governo promete reduzir em 70% o tempo entre a solicitação de registro de produtos agroquímicos, até a análise final do Ministério da Agricultura (Mapa). Atualmente, esses processos ficam cerca de dois anos na fila. Com a mudança, o prazo máximo seriam oito meses.

Para ter sucesso na tentativa de reduzir o tempo de análise de registros e para colocar em prática outras medidas previstas no plano, o Ministério quer reestabelecer o Fundo Federal Agropecuário. Ele está previsto em lei, mas foi extinto na década de 1990 e precisa ser regulamentado. Os recursos para abastecer o fundo viriam da cobrança de taxas de empresas que solicitam um novo registro e também de parcerias público-privadas com entidades do setor produtivo.
 
– Num primeiro momento é para poder fazer esses serviços que nós chamamos de serviços de balcão, de protocolo, devolução de respostas, em casos de registros e licenças, para que eles possam ser sustentáveis, como acontecem em outras agências do governo federal – explica o diretor do Departamento de Sanidade Vegetal do Mapa, Luis Eduardo Rangel.
 
Para a fruticultura, o plano de defesa prevê a criação do Programa Nacional de Mosca das Frutas, que pretende controlar o inseto pelos próximos cinco anos. Outra preocupação é com a mosca da carambola. Embora a praga esteja sob controle, ela ainda existe nos estados do Amapá e de Roraima.
 
O plano cria também o Programa de Controle e Supressão do Bicudo do Algodoeiro, que prevê a redução de perdas e custos de produção em cerca de 70%, nos próximos cinco anos. Da safra passada para a atual, a área plantada com algodão no Brasil caiu cerca de 12% e uma das razões, segundo o setor, é o alto investimento dispensado no controle da praga.
 
Para a citricultura, o plano criou o Programa de Controle de Pragas em Citrus, que abrange as doenças do cancro cítrico e do greening. Segundo o especialista do setor Maurício Mendes, o monitoramento precisa ser constante para ter sucesso.

– A questão dos recursos, que faltou há três, quatro anos, deve ser considerada, porque nós temos uma área muito grande de citrus e ela teria que ser fiscalizada praticamente todos os semestres para que houvesse um controle dessa doença. Eu acho que ele precisa estar um pouco mais linkado com a realidade do estado de São Paulo. O Paraná, que é um importante produtor e já convive com o cancro cítrico, Minas Gerais já tem no Triângulo Mineiro, mas eu acho que o plano precisa olhar pra realidade do estado de São Paulo e aí sim fazer uma adequação pra nossa realidade – sugere o analista de mercado Maurício Mendes.

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