Com a colheita de soja no país em andamento, o agricultor está começando a planejar a próxima safra, mas as incertezas em relação ao financiamento de pré-custeio, que ainda não foi definido pelo Banco do Brasil, está prejudicando a compra de insumos, cujos preços estão subindo devido àalta do dólar.
Segundo a Aprosoja, 20% dos agricultores dependem do pré-custeio. Caso os recursos estivessem disponíveis, eles economizariam até 20% na compra dos produtos necessários para iniciar a semeadura.
Dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) mostram que o percentual de empréstimos vindos de bancos federais está diminuindo. Na safra 2013/2014 era de 22% e na safra 2014/2015 caiu para 19%, obrigando os produtores a cada vez mais aplicarem recursos próprios.
Durante a Expodireto Cotrijal em Não me Toque, Rio Grande do Sul, o superintendente regional do Banco do Brasil, Tarcísio Hübner, garantiu que o produtor tem outras alternativas para obter recursos, mas que não há prazo nem valores definidos para o pré-custeio.
Procurada pela reportagem, a diretoria de agronegócios do Banco do Brasil em Brasília não quis comentar o assunto.