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Produtores têm até março para adaptação ao controle de cancro cítrico

Alguns produtores, no entanto, acreditam que mudança no controle aumentará custos de produção

Fonte: Suelen Farias/Canal Rural

Os produtores brasileiros têm até março para se adaptarem à mudança na legislação para controle do cancro cítrico. As novas medidas têm como base estratégias de controle e não mais a erradicação da doença.

Atualmente, a conduta estabelecida pela coordenadoria de Defesa Agropecuária do estado de São Paulo é a eliminação da planta contaminada e pulverização com cobre num raio de 30 metros, além de uma vistoria trimestral em todas as plantas cítricas das propriedades. Com o novo sistema, será possível monitorar as pragas com o cadastramento e inspeção das lavouras, corte dos frutos e adequação das unidades de beneficiamento. 

Um caso de sucesso acontece no Paraná. Fiscal da Defesa Agropecuária do estado, José Croce Filho acompanha de perto, há 25 anos, o cotidiano da produção baseada em práticas que buscam controlar e não combater a bactéria.

“O primeiro passo foi a implantação de pomares novos em áreas totalmente saneadas da doença. O segundo passo foi implantar somente as variedades recomendadas pelo Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e também normatizados pelo estado”, conta. 

“O terceiro pilar são os quebra ventos, proteção dos pomares para que as plantas não sofressem nenhum ferimento provocado pelo vento. A última estratégia é a pulverização preventiva com produtos à base de cobre. Com isso nós conseguimos tirar frutos de pomares com a presença da bactéria, porém sem a lesão da doença”, afirma Croce Filho.

A experiência de sucesso do Paraná vai ser estendida para todo país com a mudança da legislação para o controle da doença. A instrução normativa publicada no início de setembro pelo Ministério da Agricultura prevê que o estados como São Paulo, maior região produtora de citros do mundo institua novas regras de manejo nos pomares.

Dados recentes do Fundecitrus apontam que 9% dos talhões citrícolas de São Paulo têm alguma planta contaminada com cancro. A Associação Brasileira de Citros de Mesa comemorou a implantação do novo sistema de controle, mas não esconde a preocupação com a possibilidade de aumento dos custos de produção, em razão da necessidade de adaptações, principalmente na triagem das frutas. 

“Vai ser necessária uma mudança de processo, uma mudança na forma de tratar a fruta antes de mandar para fora do estado. Antes, a fruta saía diretamente do campo . Agora, obrigatoriamente vai ter que passar por uma packing house, antes de ser encaminhada para outros estados. Isso vai acarretar um trabalho a mais, um custo a mais”, aponta o presidente da associação, Emilio César Favero.

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