O Rio Grande do Sul inicia a colheita de arroz e espera uma produção 15% menor do que a anterior, devido a problemas climáticos. Pelo volume colhido – estimado em 7,4 milhões de toneladas pelo Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga) –, entretanto, os agricultores gaúchos esperam conquistar melhor remuneração neste ano.
Durante a Abertura Oficial da Colheita do Arroz, neste fim de semana, em Alegrete (RS), o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul, Henrique Dornelles, afirma que o governo não tem interesse de que os preços do grão caiam. “O objetivo é o de manter a produção e garantir o abastecimento nos par os próximos períodos”, afirma.
Nesta temporada, produtores de arroz enfrentaram dificuldades desde o plantio. A chuva atrasou a semeadura e alagou mais de 2 mil lavouras no estado, e cerca de 12 mil hectares foram replantados. Em razão dessas circunstâncias, a resposta para demandas do setor é urgente.
O secretário de Agricultura do Rio Grande do Sul, Ernani Polo, afirma que alguns produtores perderam 100% de suas lavouras. “Se não houver mecanismos de prorrogação (de pagamento de financiamentos), apoio do Ministério da Agricultura, eles não terão condições de continuar na atividade”, diz.
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De acordo com o vice-governador do estado, José Paulo Cairoli, houve prorrogação da redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na indústria. “Isso gera uma bela oportunidade de manutenção dos compradores do produto no estado”, afirma.
Medidas para aliviar as perdas do setor arrozeiro estão entre as prioridades do governo federal, afirma o secretário do Produtor Rural e do Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Caio Rocha. “Temos desafios que precisam ser trabalhados de forma diferenciada, de seguro ampliado e modernizado a políticas que garantam os direitos do produtor rural”.
Para dar fôlego ao produtor de arroz no Rio Grande do Sul, o superintendente regional do Banco do Brasil, Ailton José Morais, anunciou em Alegrete a liberação de recursos para a comercialização da safra. O banco vai disponibilizar R$ 700 milhões para que o produtor possa armazenar e vender o produto no momento mais oportuno.
