Produtores de uva do Rio Grande do Sul comemoram a qualidade da safra e, para alguns especialistas, a fruta colhida é a melhor dos últimos cinco anos em uma safra onde já foram produzidos mais de 650 milhões de quilos de uva.
“Temos um grau brix- que é uma escala utilizada por especialistas para medir o açúcar da uva – muito conhecido. No momento da colheita, esse ponto do açúcar é muito importante porque vai representar o potencial alcoólico no decorrer do processo da elaboração do vinho. A qualidade foi realmente a surpresa positiva na colheita.”, disse Daniel Panizzi, coordenador do Comitê de Mercado do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin).
A qualidade da uva é atribuída a regularidade da chuva, que diferente de anos de quebra de safra como em 2016, veio na hora certa. “O clima não atrapalhou e veio no momento certo, ou seja, no período de janeiro em diante ela veio regular”, contou o enólogo Gregório Salton.
A qualidade é tão boa, que tem vinícolas lançando rótulos que não eram fabricados desde 2012. “Depois das safras de 2009 e 2012, quando produzimos um rótulo chamado Salton Seption, só voltou a ser feito agora em 2018. Esse vinho tem uma elaboração um pouco diferenciada, já que é fermentado em barricas de carvalho, na vertical, já em contato com a madeira”, contou o enólogo.
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Se a boa safra é motivo de alegria para os produtores, ela também é muito bem-vinda na visão dos apreciadores de vinho, como a empresária Fabiane dos Santos. “A questão da qualidade do vinho é uma obsessão e muitos fatores influenciam no produto final, como a safra e até o tempo de barrica”, contou.
Na visão de Panizzi, essa safra veio para certificar o crescimento do produto nacional. “Esse ano vai melhorar ainda mais a percepção de qualidade do produto nacional”, concluiu.
