O documento, atestado pelo Ministério da Agricultura (Mapa), vai garantir que o fumo foi cultivado em padrões de baixo impacto ambiental e social, o que agrega mais valor ao produto no momento da venda. A primeira turma de auditores do governo federal já foi formada e conta com 17 profissionais.
Produtores e indústrias vão começar, no início da próxima safra, em maio, a execução do projeto, 40 técnicos das empresas serão disponibilizados para acompanhar o processo. Mas, por enquanto, apenas 1% dos agricultores deve aderir ao plano.
A região Sul do país, que concentra cerca de 98% da produção de tabaco brasileira, conta com 162 mil produtores, dos quais 150 participarão do projeto. O presidente do Sindicato Interestadual da Indústria de Tabaco (Sinditabaco) acredita que, em 2017, uma maior parcela do setor já tenha aderido à certificação.
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– Vai ser muito importante esse projeto piloto, porque ele, efetivamente, vai dar o passo inicial pra gente poder, na safra seguinte, começar a trabalhar com um número maior de produtores e poder ter maior volume também de tabaco produzido e certificado. Hoje, é importante dizer isso, já trabalhamos a maior parte dessa produção integrada, o que a gente vai fazer agora, um pouco mais, é ter as evidências de que isso está acontecendo – reforça Iro Schünke, presidente do Sinditabaco.
O assunto foi discutido nesta quarta, dia 18, na Câmara Setorial da cadeia produtiva do tabaco, em Brasília (DF). Para o presidente da Câmara, a certificação vai ajudar o Brasil a manter o mercado externo que já conquistou: o país é o maior exportador de tabaco do mundo.
– Acredito que isso ajuda, sim, manter o mercado que nós temos, não perder, pelo menos. A África leva uma vantagem muito grande, em virtude de não precisar pagar impostos de entrada de tabaco na Europa, eles não têm a certificação. O Brasil, inclusive, é o primeiro país do mundo que terá certificação do tabaco – afirma Romeu Schneider.
