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Protestos devem influenciar decisões do governo

Planalto não poderá ignorar as manifestações contrárias, diz cientista políticoAs manifestações que levaram cerca de dois milhões de pessoas às ruas de diversas cidades no domingo, dia 15, não podem ser mais vistas como ação de uma pequena parcela da sociedade, segundo o cientista político Valdir Pucci.

Fonte: Roberta Silveira/Canal Rural

Veja as fotos dos protestos de domingo

Para ele, o dia 15 de março de 2015 foi uma das maiores manifestações do período recém-democrático e representa uma demanda de grande parte dos brasileiros.

– O governo tem que escutar esses dois milhões de pessoas. É um número muito significativo para o governo simplesmente ignorar ou usar o termo, ou um discurso, de que seria uma elite, uma minoria da população que fez esses protestos. Está claro que se tem um sentimento latente na sociedade contrário ao governo – diz.

Os protestos pediram o impeachment da presidente Dilma Rousseff e o fim da corrupção no país. A atual situação econômica do país, que passa por um ajuste fiscal para tentar equilibrar as contas do governo, também foi motivo de protesto nas ruas. A população acusa a presidente de não ter cumprido as promessas de campanha ao tomar medidas como a derrubada de alguns direitos trabalhistas e previdenciários e o aumento dos juros e da inflação.

Para o economista Roberto Piscitelli, o ajuste nas contas é necessário neste momento, mas poderia ter sido implementado de forma mais suave.

– Eu acho que algumas medidas eram, indiscutivelmente necessárias. Há que se ver em que grau, em que intensidade essas medidas estão sendo ou foram adotadas – afirma.

O senador Paulo Paim (PT-RS) faz parte da base governista no Congresso e, mesmo assim, defende que as manifestações fizeram com que o governo perdesse força com os parlamentares na hora de aprovar medidas impopulares.

– Eu mesmo apresentei 47 emendas a essas MPs (Medidas Provisórias) e disse já, abertamente, que votarei contra todas as propostas que venham do Executivo, ou venham de onde vier, que tragam prejuízo ao trabalhador ou ao aposentado – afirma.

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