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MG: quilo de suíno atinge maior valor dos últimos 3 anos

Retomada dos preços foi comemorada pelo setor que espera recuperar o prejuízo acumulado em 2016

Fonte: Arquivo/Agroceres

Neste início de ano, o cenário está mais favorável para o setor. Em minas gerais, o quilo do suíno vivo encerrou janeiro cotado a R$ 4,90. Alta de 7% em relação a dezembro de 2016. Esta semana, o quilo do suíno vivo em Minas Gerais chegou a R$ 5,20, valor 30% maior em relação a fevereiro do ano passado. Desde 2014, o quilo do suíno vivo não era vendido acima de cinco reais no estado.

O ano passado, não foi dos melhores para os produtores. O suinocultor César Rangel Sousa precisou recorrer ao financiamento em bancos para não encerrar a produção de leitões nesta granja em Araguari (MG).

“Depois que o milho atingiu o preço de R$ 52,00 a saca, é quase um real por quilo e na prática a gente gasta três quilos de ração para produzir um quilo de suíno. Praticamente 70% da ração é milho, então meu custo atingiu mais de quatro reais e eu vendi o animal por R$ 3,80. Obviamente nós tivemos prejuízo”, ele conta.

De acordo com o presidente da Associação dos Suinocultores do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, Ricardo Bartholo, a redução na oferta de animais disponíveis para o abate, foi determinante para alta nos preços em todo estado. Os pecuaristas aproveitaram os bons preços do fim de ano e aumentaram os abates. “A redução desse peso de animais que foram adiantados para o abate gera agora uma falta de carne para a venda”, explica. 

Outro fator que contribui para esse novo momento é o aumento nas exportações, que representam cerca de 20% de toda a produção de suínos em minas gerais. No ano passado, o estado exportou vinte e uma mil e trezentas toneladas de carne suína, alta de 57% em relação a 2015. Para 2017, o setor acredita que as vendas para o mercado externo continuem aquecidas.

Além do aumento das cotações no mercado, os produtores também comemoram a queda no custo de produção. Neste início de ano, os preços da soja e do milho, que representam mais de 70% dos gastos da dieta dos suínos, apresentam sinais de queda.

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