A demanda por carne suína este ano deve se recuperar em muitos países, ainda que a peste suína africana e a Covid-19 continuem afetando a produção e a cadeia de fornecimento do animal, avalia o Rabobank. Os analistas do banco acreditam que a oferta de suínos tende a crescer na Ásia, América do Norte e do Sul, enquanto na Europa a conjuntura deve ser de novos desafios.
O banco destaca que, a Alemanha, país duramente afetado pela peste suína, tenta encontrar destinos alternativos para a exportação. Já no Brasil, a projeção de crescimento de 2,5% para a produção de carne suína foi mantida.
De acordo com o comentarista do Canal Rural Benedito Rosa, as previsões para este ano já indicavam desafios, mas o setor pode sofrer ainda mais. “A União Europeia, maior exportador mundial de carne suína, aumentou suas vendas para a Ásia e a expectativa de recuperação dos plantéis na China preocupam o suinocultor brasileiro”, relata.
O setor ainda enfrenta problemas com o preço exagerado de insumos. “Há dificuldades de repassar o preço do custo para o mercado interno. Neste momento, o suinocultor deve ter prudência em investimento para aumentar a produção”, concluí.