O presidente Jair Bolsonaro tem até o próximo dia 22 para sancionar a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2021. O texto vem acumulando impasses e atrasos. Aprovado no dia 25 de março pelo Congresso Nacional, o Orçamento de 2012 tem sido alvo de críticas de parlamentares, economistas e da própria equipe econômica do governo. Além disso, a lei tem preocupado o setor agropecuário. O montante destinado ao crédito agrícola, seguro rural e apoio à comercialização pode ser 26% menor do que o previsto pelo governo federal.
De acordo com o comentarista do Canal Rural Miguel Daoud, o orçamento é uma “ficção de terror”. “A agricultura familiar recebe auxílio para garantir uma produção no campo e garantir a permanência de famílias no campo, mas as famílias não estão conseguindo sobreviver”, relata.
Com o impacto de variáveis como o clima e o câmbio, o pequeno produtor sofre. “Com esse corte, o produtor está sendo penalizado por causa da elevação dos custos. Hoje, o financiamento agrícola, pela cultura, é muito importante”, afirma Daoud. “A redução de subsídios e o aumento de custos comprometem a rentabilidade do produtor”.
O comentarista lembra que, mesmo com subsídios menores dos Estados Unidos e China, o Brasil dá “um show de produtividade”.