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Restos de poda de árvores ganham nova função na agricultura familiar

Além de ser uma prática sustentável, agricultores relatam que composto também é uma forma de economizar 

As podas de árvores dos centros urbanos de Brasília ganharam um novo destino: além de parte do insumo voltar à cidade, ele também é reaproveitado pela agricultura familiar da região, resultado de uma parceria entre produtores rurais e a Secretaria de Agricultura.

O projeto teve início em 2015 e cerca de 900 metros cúbicos do insumo já foram distribuídos para quase 300 famílias. Athaualpa Nazareth Costa, diretor de Fomento à Agricultura Familiar da Secretaria de Agricultura do DF, explica que a ação, além de beneficiar o produtor, dá um destino adequado ao resíduo urbano não utilizado na cidade, que acabaria “indo ou para o aterro do SLU (Serviço de Limpeza Urbana do Distrito Federal) ou parado em algum lugar, gerando um composto, que sem uso, acaba sendo um problema”.

“A intenção da secretaria é fomentar o desenvolvimento rural sustentável, dar força para o produtor e fornecer um insumo de qualidade para que ele produza de forma sustentável e adequada”, pontua Costa.

O serviço de corte é feito pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasila (Novacap). A poda é encaminhada para um descampado, onde galhos mais finos e folhas são selecionados, triturados e jogados em uma vala para decomposição. Em seguida, estão prontos para retornarem à cidade na “produção de árvores, em canteiros ornamentais, na cobertura morta, em plantas…” explica Rômulo Ervilha, chefe do Departamento de Parques da Novacap.

A iniciativa vem agradando os produtores do núcleo rural Três Conquistas, no DF, não apenas pelo lado sustentável, mas porque resultou em um gasto a menos para o grupo. Antes de receber o composto de poda, grande parte dos profissionais precisava arcar com um composto de cama de galinha, que custa cerca de R$ 70,00 por metro.

Produtor familiar desde 1996, Gilberto Ribeiro dos Santos gerava parte do adubo em sua propriedade por ser dono de animais bovinos, porém, além da quantidade não ser suficiente, ele relembra que muitas propriedades não contam com essa ajuda. Atualmente, o agricultor é um dos que recebem o adubo e conta que o produto teve grande peso no resultado de sua colheita.

“Nós tivemos um apoio brilhante, com vários caminhões de composto orgânico, que ajudaram no desenvolvimento da planta”, relata. Ele também conta que o composto o ajudou a preservar a umidade do solo. “As plantas aguentaram o sol, a pressão do solo, a terra seca, porque tiveram essa proteção. Caso contrário já teriam morrido, porque aqui é muito seco no período do verão, as plantas sofrem muito”, afirma.

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