O governo do Rio Grande do Sul lançou nesta quinta, dia 9, o Plano Safra estadual. Serão disponibilizados R$ 2,8 bilhões, 3,5% a mais do que em 2014. Três bancos vão oferecer o crédito, que deve atender 100 mil famílias.
Alguns produtores rurais já assinaram o financiamento, entre eles, Lourenço Alessi, agricultor do município de Nova Pádua, na serra gaúcha.
– É muito bom esse incentivo, o produtor rural pequeno precisa dessa ajuda – diz Lourenço Alessi.
Do total de R$ 2,8 bilhões, o Banrisul vai aplicar R$ 1,9 bilhão. O BRDE vai oferecer R$ 500 milhões e o Badesul R$ 400 milhões. Os juros controlados, que são fixados pelo governo federal, podem variar de 2,5% a 9%, dependendo do tipo de financiamento.
Os valores são destinados a custeio, investimento e comercialização. Apesar do momento financeiro complicado para o estado do Rio Grande do Sul, houve um aumento tímido de 3,5% em relação ao valor do ano passado.
Repercussão
Para a Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS), a expectativa é que os diversos órgãos de governo possam agilizar os processos para que o agricultor e suas organizações tenham condições de planejar a próxima safra.
Conforme o diretor executivo da entidade, Sérgio Feltraco, mesmo que os recursos anunciados tenham destinação para financiamento de custeio, investimento e comercialização, com base nas linhas e programas divulgados pelo Plano Safra nacional no mês passado, o estado exerce o papel de facilitador ao acesso destes montantes pelas estruturas de seus bancos.
– Esperamos que, além os bancos, os demais órgãos estaduais envolvidos com a produção agropecuária gaúcha participem da agilização das propostas enviadas pelos agricultores, principalmente nas etapas de atenção ambiental aos projetos de investimento – observa.