Nos próximos dias, a umidade da Amazônia se organiza em direção ao Sudeste, com céu carregado desde o Norte, passando pelo Centro-Oeste, afirma a meteorologista Desirée Brandt, do Agroclima. A chuva dá uma trégua no sul da Bahia, área que foi muito castigada pelo excesso de umidade nos últimos dias.
Sobra até um pouquinho de umidade para a região Sul, tanto que houve bons acumulados de chuva em áreas do Paraná: nas últimas 24 horas, choveu cerca de 50 mm no norte e na região central do estado, assim como em alguns pontos de Santa Catarina.
Chuvas nos próximos sete dias
A distribuição de chuvas será bastante irregular no Rio Grande do Sul nos próximos sete dias. Mas até ocorrem algumas pancadas, de no máximo 30 mm, em alguns pontos do estado.
Nesse período, o que chama a atenção é o volume d’água que vai cair numa faixa que vai desde o litoral do Sudeste até a região Norte, principalmente no sul e no noroeste de Minas Gerais. Isso ocorre por causa da formação da Zona de Convergência do Atlântico Sul, que mantém um corredor de umidade nessa área, com grandes acumulados de chuva.
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Também há previsão de grandes acumulados no Norte e no Nordeste, inclusive na região do Matopiba. A chuva tem incomodado bastante os produtores do oeste da Bahia, pois o sol pouco tem aparecido por lá, prejudicando o desenvolvimento das plantas.
Previsão de 6 a 12 de janeiro
A chuva aumenta no sul de Minas Gerais, Triângulo Mineiro e principalmente no norte de São Paulo entre os dias 6 e 12 de janeiro. O sul do Paraná também deve ter bom nível de precipitações nesse intervalo. Embora não seja uma chuva abrangente, algumas áreas do estado podem receber até 80 mm. Já no Rio Grande do Sul não deve chover entre esses dias.
Resumindo os episódios de chuva nos próximos 15 dias, Desirée Brandt afirma que há um grande acumulado previsto para a área que vai desde a costa do Sudeste até o Norte. A previsão é de mais de 250 mm no sul de Minas, em pontos do norte paulista e no sudeste de Goiás.
No período, haverá condições de chuva um pouco melhores para o Paraná, o que deve trazer alívio para muitas culturas. No Rio Grande do Sul, as pancadas ainda serão irregulares, mal distribuídas e com baixos acumulados. Isso pode mudar na segunda quinzena de janeiro, quando as chuvas no norte gaúcho poderão se tornar um pouco mais expressivas. “Mas talvez cheguem um pouco tarde demais para muitas lavouras do estado”, diz a meteorologista do Agroclima.
