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Rural Notícias

'Santander disponibilizou 35% mais crédito para o agro em 2020'

Na série especial sobre as perspectivas para o setor em 2021, conversamos com o  diretor de agronegócios do Santander Brasil, Carlos Aguiar Neto

O ano de 2020 foi marcado por uma procura intensa do produtor rural por crédito privado e, em 2021, essa oferta de recursos deve ser ainda mais farta. É o que garante o diretor de agronegócios do Santander Brasil, Carlos Aguiar Neto.

Ele foi o entrevistado do Rural Notícias desta quinta-feira, 24, no especial Agro Rumo a 2021 e falou com a nossa equipe sobre investimentos na produção rural em ano de pandemia e também como o produtor precisa se prevenir para não ficar descapitalizado no próximo ano.

Segundo ele, houve um aumento considerável de financiamento para produtores rurais neste ano que se encerra agora. “Nós temos um mercado superaquecido, com ano-safra forte e posso falar que estamos fechando dezembro com crescimento de financiamento ao produtor rural de 35% com relação ao ano passado. Tivemos preços firmes e margens fortes, e isso fez o produtor precisar de mais capital para comprar insumos, e dado a essa margem melhor, também se empolgou para antecipar ou fazer investimento”, explicou.

Neto diz que houve uma demanda crescente do setor a partir de julho, principalmente produtores de milho, soja e pecuaristas da área de suínos, aves e bovinos. E com a configuração do La Niña, apesar de o Banco Central ter colocado linhas específicas para produtores da região Sul, a instituição preferiu olhar caso a caso.

“Para  a safra nova, temos um sinal de alerta. É difícil mensurar algo mais do que uma safra que não será recorde, mas o que conseguimos dizer é que existe sinal de alerta, equipes técnicas estão olhando e não consigo quantificar se haverá um  problema de margem”, explicou sobre a perspectiva para o ano de 2021 devido a problemas climáticos em algumas regiões.

Segundo ele, o banco acredita que a taxa de juros fique na casa dos 2% de 3 a 6 meses, “Acreditamos em um aumento, mas nada muito significante, talvez na casa de meio ou um ponto percentual.  Vamos com essas taxas de juros que vão abaixo do crédito rural, temos muitos bancos oferecendo crédito,  mas temos um problema fiscal enorme de dívida pública. Não acredito que seja viável com um país endividado colocar mais dinheiro no subsídio do agro. É preciso colocar mais ou posso colocar ames a quantidade?”, questionou.

Para 2021, a dica do especialista é que o produtor aproveite o crédito antes mesmo das vacinas, portanto, em janeiro ou fevereiro. “Façam as negociação, nem que seja para desembolsar mais pra frente. Com essa taxa de juros é irrelevante o que vai acontecer para o plano safra. A dica é antecipar as necessidades, deixar tudo pronto”, finalizou.

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