A produção de milho para esta safra em Goiás estava estimada em 7 milhões de toneladas. Veio a seca e derrubou esse número para menos de 5 milhões. Esse prejuízo agora é agravado com o retorno da regra que obriga o pagamento de ICMS sobre 30% da produção. A medida mexeu com o mercado é já reduziu o preço da saca, tanto da soja como do milho, em até R$ 4.
Para Alécio Maróstica, presidente do Sindicato Rural de Cristalina, a conta não fecha e cria uma reserva de mercado para as indústrias do estado: “O ICMS era de 12%, foi a 3% e agora volta para 12% para venda fora do estado. Mudar a regra no meio do jogo cria uma dificuldade muito grande em toda estrutura de custo e negociação que o produtor tem com as tradings”.
O produtor rural Josino Antunes tem 80 tem 80 hectares de milho e deve colher 4.000 sacas. Na regra anterior, ele pagaria R$ 4.800 de ICMS na hora de vender para fora do estado. Agora, vai ter de desembolsar R$ 19.200.
“Em conversa com a gente, os compradores não aceitam pagar mais esse custo. O impacto dessa tributação vai ser direto vai ser o impacto direto nos preços”, diz Antunes.