Em Brasília, a construção do próximo Plano Safra já está em andamento e o secretário de Política Agrícola, César Halum, anunciou que o ministério trabalha para ter um plano agrícola e pecuário mais audacioso. Um dos caminhos seria a inclusão de crédito privado entre os recursos disponíveis.
De acordo com César Halum, o Plano Safra 2021/2022 deve seguir os planos do ministério de focar mais no pequeno e médio produtor rural. As linhas de investimento, que tiveram grande procura nesta safra, devem ser reforçadas. Neste ciclo, seis linhas já foram suspensas pelo BNDES, sem previsão de reabertura, por estarem com recursos praticamente esgotados.
Com os cofres públicos em situação negativa agravada pela pandemia de Covid-19, o ministério tem articulado para que bancos injetem capital próprio no próximo plano safra, a exemplo do que essas instituições já fazem no mercado imobiliário. A visão é de que a aposta na produção agro deve gerar retornos mais ágeis para os bancos do que o serviço já prestado no mercado de imóveis.
Em mensagem publicada no Twitter do Ministério da Agricultura, o secretário ainda mencionou que a construção do Plano Safra tem como um dos objetivos a oferta de alimentos com preços justos à população. “Para 2021, a secretaria de política agrícola está trabalhando um plano safra mais audacioso ainda, que permita o aumento da nossa produtividade e safra. Estamos trabalhando para aumentar a confiança no crédito e a segurança dos produtores rurais. Estamos articulando todas as câmaras setoriais para que o abastecimento a preço justo sejam garantidos a todos os brasileiros”, disse.
Nesta quarta-feira, membros do Ministério da Agricultura e do Ministério da Economia realizam uma reunião para alinhar as possíveis condições e ofertas do próximo Plano Safra.