A estiagem que atinge áreas rurais do Rio Grande do Sul foi tema de debate nesta quinta-feira (17), em audiência pública da Comissão de Agricultura do Senado Federal.
A audiência foi presidida pelo senador Lasier Martins (Podemos-RS). Logo na abertura, o parlamentar destacou que a estiagem é sem precedentes, uma das piores da história do estado e atingiu mais de 400 municípios, de modo que duzentos decretaram situação de emergência.
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“Foram três grandes secas, sendo a última e atual a mais severa de todas, com prejuízos históricos. Esta estiagem sem precedentes, no Rio Grande do Sul, por exemplo, atingiu 405 municípios. Desses, 200 tiveram que decretar situação de emergência, englobando ao todo 17,3 mil famílias”, destaca Martins.
O presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul, Gedeão Pereira, disse que a seca em si é recorrente, e falou que os prejuízos para o agricultor gaúcho atingem R$ 32 bilhões.
“A novidade possivelmente seja esta seca com altas temperaturas, e tivemos duas secas muito próximas uma da outra. E este ano estamos com um prejuízo realmente fantástico, da ordem de R$ 32 bilhões. Isso vai impactar negativamente no PIB gaúcho em menos de 8%, segundo os nossos cálculos até o final de 2022”.
A seca também atinge estados vizinhos, como é o caso de Santa Catarina. O senador Esperidião Amin (PP-SC), sugere união entre os estados do Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul.
“Adotemos como grande objetivo ter uma emenda regional que permita a continuidade no programa de conservação do solo. Gostaria que a Comissão votasse uma dotação anual para o programa de conservação da água e do solo, nos quatro estados do Sul”, destaca Amin.