Um grupo de 150 agricultores familiares do Distrito Federal participou nesta quinta, dia 16, em Brasília, de um seminário sobre o Plano ABC, programa do governo federal que incentiva, por meio de crédito com juros subsidiados, a produção com baixa emissão de carbono.
A capacitação foi oferecida pelo Senar, em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e com o Ministério da Agricultura. Eles aprenderam como implantar em suas propriedades quatro tecnologias: plantio direto, integração lavoura-pecuária-floresta, recuperação de pastagens e florestas plantadas.
– Na adoção dessas tecnologias, o produtor, às vezes, está meio inseguro, principalmente porque ele tem que mudar um sistema de produção, dependendo da tecnologia que ele for adotar – diz o assessor técnico do Senar, Igor Borges.
Para o secretário-executivo do Senar, Daniel Carrara, o Plano ABC sofre com um desalinhamento entre analistas de instituições financeiras e técnicos que fazem os projetos para os bancos, situação que leva o produtor rural a ser o principal prejudicado.
– A falta de preparo da rede bancária para analisar projetos, a falta de preparo das empresas de projeto em elaborar os projetos com sustentabilidade não só ambiental, mas também econômica e a dificuldade de acesso ao crédito. O que aconteceu é que durante alguns anos os recursos voltados pro ABC, que é um cartão de visita internacional, sobraram no banco por falta de capacidade do produtor em captar e do agente bancário em emprestar – afirma.
No mesmo evento, foi lançada a Bienal de Negócios da Agricultura, que vai acontecer nos dias 31 de agosto e 1 de setembro em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. O congresso vai discutir assuntos como competitividade, sustentabilidade e inovação no mundo agro.