Entre os fatores citados para o recuo na comercialização interna está a instabilidade na taxa de juros para o setor agropecuário. As novas taxas só devem ser anunciadas quando for divulgado o novo Plano Safra, que ainda não possui data certa.
– Até o final do ano passado nós tínhamos o Moderfrota, que era um juro de 4,5% ao ano, com dez anos pra pagar. Então até o final do ano passado esse juro fluiu e os negócios aconteceram. Este ano o dinheiro veio à conta gotas – disse o presidente da Simers, Cláudio Bier, durante a 8ª edição da AgroBrasília.
Para superar a desaceleração das vendas, o sindicato aposta na exportação dos equipamentos. A entidade convidou uma empresa pública do governo cubano, que tem parceria com o Brasil na importação desses produtos, para participar da AgroBrasília. A ideia é mostrar ao grupo o material produzido no país e despertar o interesse de novos negócios.
Segundo dados do governo cubano, desde que o convênio entre os países teve início, há dois anos, já foram comercializados cerca de 20 milhões de euros em equipamentos agrícolas. Mesmo com a recente abertura de mercado para os Estados Unidos, concorrente do Brasil no setor, os cubanos garantem que vão dar preferência à nação que sempre foi parceira deles.