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Setor prevê crescimento de 8% na venda de máquinas

Para reverter a queda do 1º bimestre, o setor vem negociando com o Ministério da Agricultura o aumento do capital disponível para o próximo Plano Safra

Fonte: Fábio Santos/Canal Rural

A indústria de máquinas e implementos agrícolas fechou o primeiro bimestre com queda de 1,1% no faturamento, na comparação com o mesmo período do ano passado. Apesar do resultado, o setor prevê crescimento de até 8% nas vendas em 2018 e a recuperação já é esperada para os próximos meses, quando acontecem grandes feiras de negócios como a Agrishow, realizada em Ribeirão Preto (SP), no final de abril.

“O otimismo vem da valorização do preço das commodities agrícolas, que gera um motivo a mais para o agricultor investir o dinheiro dele”, disse o presidente da Agrishow, Marcos Paulo Mariano.

Para ajudar a reverter o ritmo de queda registrado nos dois primeiros meses do ano, o setor vem negociando com o Ministério da Agricultura o aumento do capital disponível para o próximo Plano Safra. O volume de recursos do plano atual é de R$ 200 bilhões.

“Nós estamos alinhando com o governo um nível que seja na faixa de 5% a 8% a mais de recursos para investimento de programas de incentivo”, falou o presidente da Abimaq, João Carlos Marchesan.

A possibilidade de queda das taxas do plano safra 2018/2019 não tira o otimismo do setor de máquinas para a realização de negócios no primeiro semestre, antes da vigência do próximo plano. O argumento é de que o produtor rural precisa levar em conta uma série de fatores, além dos juros para tomar a decisão de compra.

“O preço da máquina em julho ou agosto, já  no Plano Safra novo, pode mudar. Se a máquina subir 2%, o produtor já perdeu esta vantagem que ele teria e outro detalhe é o preço da commodity, que pode mudar lá na frente. O importante é ter essa máquina trabalhando na hora certa”, disse o presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas, Pedro Estevão.

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