De acordo com o presidente da câmara (formada por mais de 30 entidades), Flavio Turra, que falou nesta quinta, dia 5, ao Canal Rural, uma pauta do setor tritícola com reivindicações foi encaminhada à pasta no ano passado, mas ainda não foi respondida. A preocupação aumenta com a transição na Secretaria de Política Agrícola do ministério, que pode ocorrer ainda neste mês.
– E que haja agilidade na publicação do Plano Safra. No Paraná, já estamos com início do plantio a partir de 10 de março e, se não tivermos políticas definidas até essa data, o produtor ficará inseguro no sentido de realizar o plantio. Aguardamos, basicamente, uma correção do preço mínimo, pelo menos nos níveis da variação da inflação do período, algo em torno de 6,7 ou 8%, manutenção das taxas de juros, subvenção ao prêmio de seguro rural e recursos suficientes ao apoio à comercialização – elenca Turra.
O dirigente ainda cita que o segmento busca mecanismos para dar liquidez à produção de trigo brasileira.
– Um dos principais problemas encontrados no âmbito do produtor rural é conseguir vender bem a safra. Para o mecanismo de contrato futuro, precisamos ter alguma referência de mercado, condições de dentro da cadeia produtiva para termos na ponta consumidora empresas interessadas em comprar o produto de forma antecipada. Isso daria um bom respaldo ao produtor, geraria liquidez para a produção rural – pontua.
Quanto à possibilidade de redução de recursos, Turra acredita que o governo agirá baseado na ideia de que se subir o preço do pão, alimento básico dos brasileiros, “teremos problemas em controlar a inflação e problemas com a própria economia.