Soja: demanda e óleo geram maior cotação em 4 meses

Chicago sobe pela sétima vez seguida com bom momento dos derivados e constante procura dos chineses pela oleaginosa

Fonte: Luiz Henrique Magnante/Embrapa

A soja continua com a sua trajetória de alta no exterior. São sete sessões seguidas de ganhos para a oleaginosa na Bolsa de Chicago. A decisão dos Estados Unidos em aumentar a mistura de biocombustíveis à gasolina, o que aumenta a procura por óleo de soja, fez o derivado subir 8% em três pregões. Somado a isso, a demanda chinesa também contribuiu para o bom momento de preços.

De acordo com o analista de mercado Mário Mariano, da Novo Rumo Corretora, existe força para a soja romper os US$ 11,00 por bushel, mas a grande produção mundial e os estoques globais não vão permitir um patamar tão alto por grandes períodos. Aqui no Brasil, o mercado teve movimentação lenta, de acordo com a consultoria Safras&Mercado. Apesar da subida em Chicago, a queda do dólar tirou ritmo das negociações.

Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)
Janeiro/17: 10,56 (+10,00 centavos)
Março/17: 10,64 (+10,00 centavos)

Soja no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Passo Fundo (RS): 79,50
Cascavel (PR): 77,00
Rondonópolis (MT): 71,50
Dourados (MS): 72,00
Porto de Paranaguá (PR): 81,00
Porto de Rio Grande (RS): 81,50

Milho

O mercado físico de milho no Brasil teve uma segunda-feira de pouca alteração no mercado. Segundo o analista da Safras Paulo Molinari, o dia foi muito fraco na comercialização. No exterior, a Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou as operações de hoje com preços mais levemente mais altos. O mercado foi pressionado pelo fraco desempenho das exportações do cereal dos Estados Unidos.

Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)
Dezembro/16: 16: 3,48 (-0,75 centavos)
Março/17: 3,58 (=0,00 centavos)

Milho no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Rio Grande do Sul: 42,00
Paraná: 34,00
Campinas (SP): 36,00
Mato Grosso: 30,00
Porto de Santos (SP): 34,00
Porto de Paranaguá (PR): 34,00

Café

O mercado físico de café teve um dia de pouca alteração. Segundo Safras&Mercado, as últimas quedas nos preços do mercado físico fizeram o produtor se retrair e parar de vender, já os compradores também não estão com grande necessidade neste momento. Ou seja, mercado travado.

A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações da segunda-feira com preços mais altos. As cotações subiram diante da baixa do dólar contra o real no Brasil, o que leva ao mercado a ideia de perda de competitividade brasileira nas exportações.

Café arábica em Nova York (centavos por libra-peso)
Dezembro/16: 153,00 (+0,70 pontos)
Março/17: 156,65 (+1,25 pontos)

Café conilon (robusta) em Londres (US$ por tonelada)
Janeiro/17: 2078,00 (+46,00 dólares)
Março/17: 2055,00 (+40,00 dólares)

Café no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Arábica/bebida boa – Sul de MG: 555-560
Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: 560-565
Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: 490-495
Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): 490-495

Dólar e Bovespa

O dólar comercial encerrou o dia em baixa de 0,62%, cotado em R$ 3,386. Já o índice Bovespa, que é o termômetro dos investidores em relação ao mercado brasileiro, teve dia positivo. Alta de 2,11%, aos 62.855 pontos.