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Soja: preço futuro sobe no porto e produtor tem janela de negócio

Analista aponta preços da saca próximos de R$ 90 no porto de Rio Grande para entrega em maio e acredita que momento é bom para venda antecipada

Fonte: Gabriel Rezende Faria/Embrapa

O mercado brasileiro de soja teve um dia de poucos negócios para a soja pronta entrega nesta terça, dia 6. Mas as negociações futuras continuam avançando. A alta na Bolsa de Chicago forçou nova alta para os preços praticados no Brasil. De acordo com o analista de mercado Vlamir Brandalizze, a saca com entrega em maio e pagamento em julho de 2017 chegou a R$ 88. Qualquer movimento de alta no dólar ou nas cotações do exterior podem empurrar o preço para R$ 90.

“A demanda está aquecida pela safra nova. Se Chicago avançar dá para imaginar soja no patamar de R$ 90. De qualquer forma, agora é um momento para se aproveitar”, recomenda o analista.

A comercialização antecipada da safra 2016/2017 de soja no país envolve 28% da produção projetada, conforme relatório da consultoria Safras & Mercado, com dados recolhidos até 2 de dezembro. Em igual período do ano passado, a negociação envolvia 46% e a média para o período é de 34%. Contando com uma safra de 103,4 milhões de toneladas, o total de soja já negociado é de 28,899 milhões de toneladas.
 
Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)
Janeiro/17: 10,47 (+4,25 centavos)
Março/17: 10,57 (+4,50 centavos)
 
Soja no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Passo Fundo (RS): 80,00
Cascavel (PR): 76,50
Rondonópolis (MT): 70,00
Dourados (MS): 71,50
Porto de Paranaguá (PR): 81,00
Porto de Rio Grande (RS): 82,50
 
Milho
 
O mercado brasileiro de milho teve uma terça-feira de fraca comercialização de modo geral, com preços estáveis. Segundo o analista da Safras Fernando Henrique Iglesias, os produtores de São Paulo sustentam a estratégia de reter a oferta de milho visando o aumento dos preços.
 
“Consumidores de menor porte do estado começam a encontrar dificuldades na composição dos estoques e passam a demandar mais produto, o que pode redundar em nova alta dos preços. Nos demais estados, o fluxo de negócios ocorre de maneira mais lenta, apenas para preencher alguma necessidade pontual”, comentou.
 
A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou as operações com preços acentuadamente mais altos. Após fechar no maior patamar em quatro meses na segunda, dia 5, o mercado registrou ganhos mais modestos nesta terça-feira.
 
Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)
Março/17: 16: 3,60 (+1,25 centavos)
Maio/17: 3,67 (+1,00 centavos)
 
Milho no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Rio Grande do Sul: 42,00
Paraná: 34,00
Campinas (SP): 39,00
Mato Grosso: 30,00
Porto de Santos (SP): 33,50
Porto de Paranaguá (PR): 33,00
 
Café
 
O mercado físico brasileiro de café teve uma terça de lentidão, praticamente parado, com negócios apenas pontuais. A queda do arábica em Nova York, do robusta em Londres e o dólar fraco afastaram o vendedor do mercado e as cotações permaneceram inalteradas.
 
Café arábica em Nova York (centavos por libra-peso)
Março/17: 142,00 (-2,50 pontos)
Maio/17: 144,30 (+2,55 pontos)
 
Café conilon (robusta) em Londres (US$ por tonelada)
Janeiro/17: 2039,00 (-25,00 dólares)
Março/17: 2032,00 (-11,00 dólares)
 
Café no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)

Arábica/bebida boa – Sul de MG: 535-540
Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: 540-545
Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: 465-470
Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): 480-483

Dólar e Bovespa

O dólar comercial fechou o dia em queda de 0,23%, cotado em R$ 3,417. Já o índice Bovespa subiu 2,1%, aos 61.088 pontos.

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