Empresas especializadas em tecnologia aproveitam o Show Rural Coopavel para divulgar novas variedades de soja, como a segunda geração da Intacta, que só deve chegar ao mercado brasileiro em 2020. Frequentador da feira, o produtor de soja Marcos Sommariva foi até o evento para conferir o campo experimental, onde é possível ver de perto o desempenho das novas variedades.
“Temos que estar sempre atualizados, pois quanto mais nos preocupamos em nos atualizar, a possibilidade de errarmos acaba diminuindo”, disse.
A segunda geração da soja Intacta, uma das mais aguardadas do mercado, é apresentada em vídeo porque a novidade ainda não está no campo. As sementes só vão estar disponíveis para comercialização em dois ou três anos.
“A gente vai trazer mais proteínas, que vão somar a uma proteína já existente na Intacta na proteção contra lagartas. Isto significa ampliar o que a semente já protege, além de adicionar o gênero spodoptera a esta proteção. Além disso, vai trazer também tolerância ao químico chamado dicamba, que é um químico ainda não usado no brasil e que vai reforçar a proteção que a gente vai fazer para folhas largas, planta daninhas como a buva, que é o principal problema do Brasil hoje”, disse André Menezes, gerente de lançamento Intacta.
Outros lançamentos já estão disponíveis para a próxima safra e são adaptados à região oeste do Paraná, tudo para agradar os produtores locais. “Trazer materiais adaptados é uma responsabilidade nossa. E aí você vê que, quando o produtor joga isto no solo e a satisfação de ver que aquela é a semente perfeita para a região dele, acaba sendo uma satisfação nossa também”, comentou o gerente regional da Bayer, Everton Luiz de Queiroz
No Show Rural, a maior parte dos lançamentos é de soja transgênica, até porque o grão geneticamente modificado é cultivado em mais de 90% da área com a cultura no país. Mas também há novidades para a soja convencional, com o é o caso da nova variedade da Embrapa que promete melhor controle da ferrugem asiática, uma das principais doenças que afeta o cultivo.
“Estados como Mato Grosso do Sul, Goiás e Mato Grosso têm uma demanda bem expressiva por soja convencional. Inclusive, alguns produtores deixam de plantar a soja convencional por falta de uma cultivar adaptada às regiões, o que faz com que esse lançamento seja muito esperado”, relatou o pesquisador da Embrapa Osmar Conte.