Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Suinocultores têm prejuízo de quase R$ 2,5 bilhões e pedem socorro ao governo

Produtores cobram medidas urgentes para conter custos, como a liberação de importação de milho transgênico dos EUA

Fonte: Thiago Gomes/Susipe

Com custo de produção 30% mais alto em 2016, puxado pelo preço do milho, a suinocultura brasileira contabiliza um prejuízo de R$ 2,4 bilhões neste ano. Os produtores cobram do governo medidas rápidas para sair da crise. Uma delas é a liberação para importar milho transgênico dos Estados Unidos, decisão que depende do aval da Comissão Técnica de Biossegurança (CTNBio).

Em reunião da comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados nesta terça-feira, dia 4, em Brasília, o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Marcelo Lopes, a intenção não é jogar os preços do milho para baixo, mas levar os custos a um nível sustentável. “Não conseguimos repassar esses custos porque vivemos num momento de recessão da economia, e a cadeia toda está sofrendo”, diz ele.

A lista de reivindicações imediatas é longa e inclui também a prorrogação de dívidas de custeio e investimento, o reparcelamento de contratos já renegociados em 2012 e a abertura de uma linha de crédito para garantir capital de giro. Segundo Lopes, a ideia é dar fôlego ao suinocultor para que seja possível virar o ano em situação econômica saudável e retomar a produção.

O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal ABPA), Francisco Turra, afirma que a situação poderia estar ainda pior não fossem os excelentes índices das exportações. Entre janeiro e setembro deste ano, o Brasil registrou embarques de carne suína 50%maiores do que no mesmo período do ano passado. 

O Ministério da Agricultura se comprometeu a analisar os pedidos do setor, e deu indícios de que há chances de prorrogar o pagamento de dívidas. No entanto, o diretor de crédito da Secretria de Política agrícola da pasta, Wilson Vaz, deixou claro que está de mãos atadas para resolver a questão da importação de milho americano. 

Ele lembra que esse cereal tem uma origem transgênica ainda não reconhecida no Brasil. Assim, será preciso esperar que a CTNBio aprove a variedade para que possa ser liberada a compra.

Sair da versão mobile