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Superávit comercial soma US$ 458 milhões em março

Açúcar, etanol, café e suco de laranja registram altas em relação a março de 2014A balança comercial brasileira apresentou superávit de US$ 458 milhões em março, segundo dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). Este é o primeiro superávit de 2015. 

Fonte: Canal Rural

O saldo positivo é resultado de US$ 16,979 bilhões em exportações e de US$ 16,521 bilhões em importações – o que equivale a médias diárias de US$ 771,8 milhões e US$ 751 milhões, respectivamente.
 
No acumulado do ano, o saldo da balança comercial está negativo em US$ 5,557 bilhões, resultado de US$ 48,332 bilhões em importações e US$ 42,775 bilhões em exportações.

Açúcar

O Brasil exportou em março 2,202 milhões de toneladas de açúcar bruto e refinado, volume 110,8% maior que as 1,044 milhão de toneladas embarcadas em fevereiro e 41,8% superior ante as 1,553 milhão de toneladas registradas em igual mês de 2014. Do total embarcado no mês passado, 1,817 milhão de toneladas foram de açúcar demerara e 385,3 mil toneladas, de refinado.

A receita obtida com a exportação total de açúcar em março último foi de US$ 763,9 milhões, 100,8% maior que a registrada em fevereiro (US$ 380,5 milhões) e 30% acima ante os US$ 587,5 milhões computados em março de 2014. Foram exportadas 5,023 milhões de toneladas de açúcar (-8,5%) no acumulado de 2015, com receita de US$ 1,769 bilhão (-17,4%).

Etanol

Já as exportações de etanol em março foram de 111 milhões de litros, o que corresponde a um aumento de 56,8% na comparação com os 70,8 milhões de litros embarcados em fevereiro. Em relação a março do ano passado, quando foram embarcados 77,3 milhões de litros, o volume é 43,6% maior, segundo o Mdic.

A receita cambial com a venda do biocombustível alcançou US$ 62,4 milhões em março, aumento de 50,4% ante os US$ 41,5 milhões registrados em fevereiro. Em relação aos US$ 52,7 milhões de março de 2014, houve avanço de 18,4%. No ano acumulado de 2015, as exportações somam 335,6 milhões de litros (-0,1%), com receita de US$ 192,2 milhões.

Café

A exportação brasileira de café em março (22 dias úteis) alcançou 2,860 milhões de sacas de 60 kg, o que corresponde uma elevação de 12% em relação ao mesmo mês do ano passado (2,556 milhões de sacas). Em termos de receita cambial, houve elevação de 27% no período, para US$ 519,7 milhões em comparação com US$ 409,3 milhões em março de 2013. 

Quando comparada com o mês anterior, a exportação de café em março apresenta aumento de 13,8% em termos de volume, pois em fevereiro passado o país embarcou 2,514 milhões de sacas. A receita cambial foi 5,3% maior, considerando faturamento de US$ 493,5 milhões em fevereiro.

No acumulado do primeiro trimestre, houve crescimento de 40,45% na receita cambial com exportação de café em grão. O Brasil faturou US$ 1,560 bilhão em comparação com US$ 1,111 bilhão no mesmo período de 2014. O volume embarcado avançou 5,10%, de 7,705 milhões de sacas no primeiro trimestre de 2014 para 8,098 milhões de sacas de janeiro a março deste ano.

Laranja

A receita com exportação de suco de laranja do Brasil atingiu US$ 256,4 milhões em março de 2015, alta de 109,3% em comparação aos US$ 122,5 milhões do mesmo mês do ano passado. Na comparação com fevereiro deste ano, houve um aumento de 58,07% sobre os US$ 162,2 milhões movimentados com os embarques da bebida.

O volume de suco de laranja exportado no mês passado foi de 239,4 mil toneladas, altas de 119% ante as 109,3 mil toneladas embarcadas em março de 2014 e de 48,7% na comparação com as 161 mil toneladas enviadas ao exterior em fevereiro de 2015.

O preço médio por tonelada do suco exportado em março, de US$ 1.071,00, ficou 6,3% acima dos US$ 1.007,50/t de fevereiro, mas 4,41% menor do que os US$ 1.120,50/t de março do ano passado. 

Com o resultado de março, as vendas acumuladas de suco no primeiro trimestre de 2015 alcançaram 562,6 mil toneladas, alta 15,05% ante o total embarcado em igual período do ano passado, de 457,7 mil toneladas. A receita em 2015 soma, até o momento, US$ 594,1 milhões, valor 21,1% superior ao total de US$ 490,6 milhões registrado nos primeiros três meses de 2014. 
  
Carne bovina

As exportações de carne bovina in natura registraram queda em receita e em volume no mês de março, no comparativo com igual período de 2014. A receita com exportações de carne bovina caiu 11,6% ante março de 2014, totalizando US$ 339,4 milhões, contra US$ 384,1 milhões. Já o volume teve queda de 5,2%, somando 82,1 mil toneladas, enquanto em março de 2014 foram exportadas 86,6 mil toneladas. O preço médio da tonelada também recuou, de US$ 4.437,1 em março do ano passado, para US$ 4.135,2 (-6,8%).

No comparativo com os embarques realizados em fevereiro, os números do mês passado sugerem recuperação, que pode ser parcialmente explicada pelo maior número de dias úteis em março. Ainda assim, a média diária de volume exportado sofreu retração de 11,9%, caindo de 4,2 mil toneladas para 3,7 mil toneladas. No comparativo mensal, o faturamento avançou 3,6% e o volume total subiu 8%, ante a leitura de fevereiro de US$ 327,5 milhões em receitas e 76 mil toneladas comercializadas. Já o preço médio seguiu em baixa, caindo 4% (US$ 4.309,4 por tonelada em fevereiro).

No consolidado do ano, as exportações de carne bovina in natura ainda seguem em queda, quando comparadas ao primeiro trimestre de 2014, segundo o Mdic. As receitas caíram 26%, para US$ 993,3 milhões, ante US$ 1,344 bilhão, enquanto o volume recuou 24%, para 232,1 mil toneladas, de 305,4 mil toneladas.

Frango

Diferentemente da carne bovina, as vendas externas de carne de frango registraram avanço em volume tanto no comparativo anual, quanto no mensal. O volume total exportado em março foi de 317 mil toneladas, ante 295,1 mil toneladas no mesmo mês de 2014 (+7,4%) e 267,7 mil toneladas em fevereiro (+18,4%).

O faturamento, no entanto, caiu 4,7% em comparação com março do ano passado. As vendas externas registraram US$ 503,7 milhões em março, ante US$ 528,7 milhões na leitura anterior. Em relação a fevereiro, quando foram obtidos US$ 433,3 milhões em receitas, houve incremento de 16,2%.

O preço médio da tonelada exportada caiu 11,3% no comparativo anual e 1,8% no mensal. O Mdic estima o valor em US$ 1.589 por tonelada em março desse ano, US$ 1.791,8 por tonelada no mesmo mês do ano passado e US$ 1.618,4 por tonelada em fevereiro. No primeiro trimestre, a exportação cresceu 0,7%, para 832,1 mil toneladas, de 826,3 mil toneladas. O faturamento, no entanto, recuou 7,9%, para US$ 1,354 bilhão, de US$ 1,470 bilhão.

Suínos

As exportações de carne suína in natura seguiram em queda em março, no comparativo anual, mas registraram crescimento em relação aos números referentes a fevereiro. O faturamento somou US$ 75,7 milhões no mês passado, ante US$ 92,9 milhões em março de 2014 (-18,5%) e US$ 57,6 milhões em fevereiro desse ano (+31,4%). Já o volume embarcado totalizou 30,6 mil toneladas, com retração de 5,2% ante igual período do ano passado (32,3 mil toneladas) e alta de 39% em relação ao mês imediatamente anterior (22 mil toneladas). 

O preço médio caiu nas duas bases de comparação. O valor estimado pelo Mdic foi de US$ 2.471,3 por tonelada em março. No mesmo mês do ano passado, o preço era de US$ 2.874,9 (-14% ante março/15), enquanto em fevereiro o valor era de US$ 2.619,6 (-5,6%).

Durante os três primeiros meses do ano, o faturamento caiu 24%, para US$ 197,8 milhões, de US$ 260,3 milhões. Já o volume exportado recuou 17,5%, passando de 92,6 mil toneladas para 76,4 mil toneladas. 

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