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Transpacífico reduzirá competitividade do país

Especialistas avaliam perdas para o Brasil por ficar de fora de acordos comerciais

Fonte: Assessoria/Codesp

A Parceria Transpacífico (TPP, na sigla em inglês) colocou em alerta os exportadores do agronegócio brasileiro em razão da perda de competitividade internacional. Em 2014, o Brasil faturou mais de US$ 50 bilhões em exportações para os países que fazem parte do futuro tratado Transpacífico. A preocupação dos setores produtivos é a perda desta receita. O bloco será formado por 12 países banhados pelo oceano Pacífico, entre eles Austrália e Estados Unidos, grandes produtores de commodities agrícolas.

O Japão é o segundo maior mercado para a carne de frango brasileira, com importação de mais de US$ 1 bilhão por ano. Outros países que fazem parte do tratado também são importantes compradores de aves, como Canadá, Chile, Peru, México e Vietnã, que somam US$ 150 milhões em receita de exportação. Com a criação do maior bloco comercial do mundo, o Brasil pode perder importantes compradores de commodities agrícolas

Os números do acordo são impressionantes. O bloco de países responde por 40% do PIB – Produto Interno Bruto mundial e tem 800 milhões de consumidores. A partir do momento em que o acordo sair do papel, ele pode gerar mais de US$ 200 bilhões em negócios por ano. Hoje em dia, o comércio agrícola entre os países membros já é de mais de US$ 300 bilhões anuais.

Para a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o acordo comercial traz prejuízos que ainda são incalculáveis. O presidente-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, avaliou que o acordo comercial favorecerá grandes fornecedores, como Estados Unidos, acirrando a competição com o país e colocando o Brasil em um “isolamento comercial”.

Turra ressalta que o status sanitário e a qualidade dos produtos são alguns dos diferenciais que levaram as exportações brasileiras de aves e suínos a conquistar tantos mercados. Entretanto, frente a negociações entre blocos, a capacidade competitiva brasileira poderá ser reduzida.

A possibilidade de mais países ingressarem no Transpacífico deixa a situação ainda mais complicada para o Brasil. A pesquisadora da GV Agro Roberta Possamai comenta sobre a possível inclusão da China. Para os especialistas, o Brasil está perdendo espaço no mercado mundial, sem avançar nas negociações de novos acordos comerciais.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) enviou nota sobre a Parceria Transpacífico. De acordo com a entidade, é urgente avançar e ampliar a agenda de negociações do Brasil para evitar a perda de espaço no mercado internacional para os produtos agropecuários do país.

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