Um trator imenso da fabricante de máquinas agrícolas John Deere é a sensação da Farm Progress Show, a mais reconhecida feira agrícola do mundo, realizada em Decatur, no Meio-Oeste americano.
O modelo 9470 RX é um lançamento que surpreende não apenas pelo porte, mas pelos rodados estreitos, diferentemente da maioria dos tratores desse tamanho. “Ele entra em qualquer cultura com espaçamento pequeno sem amassar as linhas de plantio. E dá para regular para 18, 22 ou 35 polegadas de largura. Sem contar o conforto da cabine, que permite ao motorista uma visão 360°”, diz a gerente de marketing de grandes máquinas da John Deere, Tiffany Turner.
O trator, que por enquanto não tem previsão de ser lançado no Brasil, destaca-se também pela potência. Ele é capaz de desenvolver de 420 a 520 cavalos, e tem preço médio de US$ 570 mil (cerca de R$ 1,8 milhão).
Farm Progress Show
A expectativa dos organizadores da Farm Progress Show é de realização de negócios de cerca de US$ 5 milhões (R$ 15,6 milhões). “A feira é importante é importante para a região de forma geral, já que os visitantes movimentam o comércio das cidades em volta”, diz a diretora-executiva do evento, Teri Himmel.
Os estrangeiros parecem estar em maioria nesta edição da feira. Himmel conta que as delegações internacionais precisam de um convite enviado pelas embaixadas de seus países de origem nos EUA. “Neste ano, o número de pedidos das embaixadas mais do que dobrou”, diz ela.
Os interesses do público são variados. Agricultores locais querem saber o que há de novo em armazenagem e instalações. Já os produtores de outros países lotam os estandes de máquinas e implementos agrícolas, para ver novidades, como o trator da John Deere.
“O que me chama a atenção nesta feira são os novos equipamentos e as tecnologias em sementes”, afirma Bill Points, americano que plantou 970 hectares de soja e milho nesta safra.
As novidades em sementes também estão na mira do produtor americano Kruse Curt. “Também quero buscar informações sobre proteção e tratamento, o que pode aumentar a produtividade da lavoura sem levar o meu custo de produção”, afirma.
Já o brasileiro Luiz Antônio Araújo diz ter ficado impressionado com o método produtivo e a eficiência de seus colegas dos EUA. “Eles têm um tempo muito curto para plantar e colher. O timing aqui é exato, não se pode perder tempo”, diz.