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Uva de Petrolina conquista o mundo pela qualidade

Com a valorização do produto, a renda de agricultores do sertão nordestino é o dobro em comparação com outras regiões do Brasil

Fonte: Canal Rural

As uvas produzidas na região de Petrolina, no sertão pernambucano, são famosas pela qualidade, que gera interesse inclusive no mercado internacional. Com a valorização do produto, a renda dos produtores da região do Vale do Rio São Francisco dobra em relação a outras regiões do Brasil. Mas para conseguir tamanha excelência, é preciso alguns cuidados especiais.

As videiras carregadas de frutos só existem por causa da irrigação, que traz a água para as plantações do sertão. Além disso, produtores cuidam muito bem do solo, que é extremamente arenoso e seco por natureza e uma das estratégias adotadas foi a colocação de bagaço de coco na base das parreiras.

“Com o tempo, a gente viu que este bagaço de coco começou a ser incorporado no solo e melhorar a estrutura para a raiz também, melhorando a nutrição da planta” , disse o produtor de uvas Jorge Hassuike.

Um dos pontos negativos da utilização do coco poderia ser a salinização do solo, mas Hassuike garante que sua equipe tem feito um monitoramento criterioso e assegura que a qualidade do solo foi mantida. “São 30 toneladas a cada seis meses, em uma área equivalente a um campo de futebol. Então, a gente consegue isto se tiver solo bom e com planta boa”, falou.

Outro cuidado que faz parte da receita de sucesso dos viticultores pernambucanos é o repouso, pois no período depois da colheita e antes da poda, a videira deve continuar recebendo água e nutrientes. Assim, a planta acumula reservas para a próxima safra. “Fazemos um trabalho à base de aminoácidos pra manter a planta menos estressada possível e tentar fazer com que ela chegue até a próxima poda com as folhas verdes ainda em uma condição que a planta trabalhe sem sofrer muito”, revelou o também produtor Edson Gonçalves.

De acordo com o engenheiro agrônomo Artenis Cruz, a poda faz parte de uma fase fundamental para o desenvolvimento da uva.  Segundo ele, este período “vai definir a próxima produção”, principalmente quando se fala em “uniformidade de emissão de cacho”.

Os produtores de uva de Petrolina recebem, em média, R$ 5 pelo quilo da fruta que é vendida para o mercado interno, mas boa parte da produção local vai para exportação, que remunera o dobro do valor. 

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