Produtores de uva do Rio Grande do Sul iniciaram 2016 aflitos com o aumento de impostos e a possível quebra de safra. O setor já estuda pedir estado de emergência e Ivo Sartori, governador do RS, comentou sobre o assunto durante a abertura oficial da safra da fruta, na cidade de Encruzilhada do Sul.
“É preciso ter indicativos, fazer levantamentos, ter a presença da defesa civil, e de todas as outras organizações que podem dar isso. Todas as informações que nós temos é de que a produção de uva vai ser de alta qualidade durante este ano, mesmo que em condições menores, numa situação menor”, avaliou Sartori.
Além da possível quebra de safra, o aumento do IPI de vinhos e espumantes para 10% e o aumento do ICMS, no caso do RS, têm preocupado os produtores. Com esses fatores, se o volume comercializado for o mesmo do ano passado, o setor acredita que já vai ter lucro.
“Começamos 2016 muito aflitos, muito nervosos”, relata Dirceu Scottá, presidente do Instituto Brasileiro do vinho. A razão seria justamente o aumento dos impostos, que incidem uma carga tributária elevada sobre o produto vinho. Mas apesar do cenário pessimista, Eduardo Valduga, diretor geral da vinícola Valduga, afirma confiante: “já consumada a qualidade se espera vinhos muito marcantes na safra 2016.”
Em 2015, os números foram animadores para os produtores. Segundo Scottá, o setor fechou o ano com alta de 15% nas vendas de espumantes e 7 % nas vendas de vinhos, números positivos mesmo com a crise econômica.