O Rio Grande do Sul, segundo maior produtor brasileiro de suínos, está fora de 60% do mercado mundial para a carne. O principal motivo é o estado manter a obrigatoriedade de vacinação contra a febre aftosa. Até que ocorra a suspensão da imunização – prevista para 2023 –, os produtores buscam alternativas para conquistar novos compradores. A compartimentação da produção é uma dessas estratégias. O sistema será implantando dentro de um ano e meio, com adesão voluntária de suinocultores.
O presidente Sindicato das Indústrias de Produtos de Suínos (Sips), José Roberto Goulart, afirma que, com esse recurso, países que hoje não compram carne suína gaúcha poderiam passar a fazê-lo. “Há toda uma estrutura monitorada e reconhecida pelo Ministério da Agricultura e Secretaria de Agricultura do estado que são auditadas e podem ser reconhecidas pelo Japão, pela Coreia e outros países que hoje não compram do Rio Grande do Sul por questão de status sanitário”, diz.
Vacina
Desde que o Ministério da Agricultura anunciou o calendário para retirada da vacinação, há quem se preocupe com a medida. A comissão de Sanidade Animal do Conselho Regional de Medicina Veterinária, por exemplo, tem receio de que os criadores de suínos abandonem a imunização antes da data estipulada. O presidente da comissão, Ricardo Bohrer, afirma que em 2001, quando se fez o anúncio, houve produtores que já deixaram de fazer a vacina.