Criadores estão em alerta com a possibilidade de que a influenza equina chegue ao Rio Grande do Sul. A doença está percorrendo o mesmo caminho de 2012, quando aconteceu o último surto no estado: começa no Chile, passa pela Argentina e chega ao Brasil pela fronteira oeste. Para resguardar o setor, a vacinação anual se tornará obrigatória em agosto, por ordem da Secretaria de Agricultura. Quem não comprovar a imunização dos animais não poderá participar de eventos equestres.
A exigência também valerá para os animais que atravessam a fronteira seca. “Eles terão que ser vacinados no país de origem, para depois ingressar”, explica o coordenador do Programa de Sanidade de Equinos da Secretaria de Agricultura do RS, Gustavo Diehl.
O animal deve ser vacinado a partir dos quatro meses de idade, com reforço previsto para 30 dias depois da primeira dose. A indicação é que apenas o médico veterinário aplique. Diehl garante que a imunização é a melhor forma de controle da doença e sugere atenção aos criadores. “Os sintomas são, de uma maneira geral, tosse seca, perda de apetite, apatia, febre e, normalmente, apresenta secreção nasal serosa”, conta.
Na propriedade de Henrique Noronha há 30 cavalos da raça crioula. Além da criação própria, ele também hospeda animais. Depois do surto de influenza ser confirmado na Argentina, passou a reforçar o cuidado com os equinos que vem de fora. “Os cavalos que chegaram essa semana, vindos da fronteira pra cá, estão isolados. Ficarão em uma quarentena por pelo menos uma semana. A gente vacinou na chegada e está observando agora”, diz. ele conta que o plantel que lhe pertence é imunizado anualmente, mas geralmente a renovação acontece em maio. “Esse ano, por conta disso, antecipamos e já vacinamos”, destaca.