O Rio Grande do Sul vai integrar um projeto-piloto com especialistas da Espanha para testar os benefícios do azeite de oliva extra virgem na saúde. O pesquisador espanhol José Gafório, que há 25 anos estuda a ação do produto no tratamento de doenças cardiovasculares e do câncer, quer fazer uma parceria com o Hospital de Caridade do município gaúcho de Ijuí.
“Cremos que a dieta do azeite de oliva pode melhorar muito a saúde dos cidadãos”, afirma Gafório, que é diretor do Centro Tecnológico da Olivicultura e do Azeite, em Jaén, na Espanha.
O especialista está em visita ao Rio Grande do Sul pois esse é o principal estado produtor de azeite do país. A pesquisa que ele pretende conduzir vai envolver pessoas com tendência a desenvolver enfermidades e testar se o óleo de oliva faz realmente bem à saúde, resume o vice-presidente do hospital, Cícero Tremea dos Santos.
“Esse é um ponto fundamental para começar a esclarecer os plantadores de como a gente tem que produzir um azeite de qualidade, para trazer os benefícios que as pessoas buscam dentro deste alimento”, entende o presidente da Associação Regional de Olivicultores do Rio Grande do Sul, Guajará Oliveira.
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Oliveiras
O cultivo comercial de oliveiras no Rio Grande do Sul é relativamente novo, apesar de haver registro de plantios no estado desde a década de 1940. Nos últimos 20 anos, entretanto, a cultura seduziu mais de uma centena de produtores e vem crescendo a taxas anuais de 10%, alcançando 2 mil hectares.
Dos 50 mil litros de azeite obtidos no estado na última safra, 30 mil saíram das terras da Tecnoplanta, sediada no município de Barra do Ribeiro. O diretor-geral da empresa, Eudes Romano Maechetti, afirma que os investimentos foram iniciados há cinco anos. Especializada na produção de mudas, a Tecnoplanta diversificou a atuação e hoje conta com 250 hectares de oliveiras. E tem até um azeite premiado no exterior.
”Estamos conseguindo uma produção surpreendente e o principal: o azeite é de ótima qualidade”, diz Maechetti.
