Uma equipe de médicos veterinários acompanha o tempo todo os animais que participam do décimo quinto potro do futuro e campeonato nacional de vaquejada em Lagarto, Sergipe. Mas, o profissional que mais chama a atenção quando a questão de saúde animal é o juiz de bem-estar animal,que define o que pode ser feito ou não na prática.
A avaliação é feita na entrada e na saída do animal da pista, sejam eles cavalos ou touros. Um dos juízes da edição de Lagarto, Antônio Travassos, detalha o processo de fiscalização. “Nós observamos os equipamentos que são utilizados, que devem estar dentro do permitido pelo regulamento. Observamos também se há algum tipo de sangramento ou alteração fisiológica. Caso ocorra algum sangramento, o animal é desclassificado na hora”, disse.
No caso de alteração fisiológica, o cavalo pode competir depois da recuperação. Os touros só podem realizar a prova uma vez e, mesmo assim, são inspecionados após a disputa. “O juiz de bem-estar é soberano e a decisão dele é irrevogável. Nem criador, nem dono do parque, nem mesmo a associação pode recorrer. Então, ele tem que tomar essa decisão com muito critério técnico e ético”, completou Travassos.
A Associação Brasileira de Vaquejada instituiu que os eventos devem contar com a presença de um juiz durante as 24 horas do dia. Além disso, a equipe de apoio conta com a presença de 10 veterinários para atender aos animais a qualquer hora do dia ou da noite.
“Muitos animais vieram de fora e de outras corridas com alto índice de desidratação ou cólica. Quando isso ocorre, nós emitimos um um laudo que é enviado para Comissão de Bem-estar e os animais não vão para a pista”, disse a médica veterinária Jhully Sobral.