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Vaquejada: mercado do quarto de milha cresce 30%

Impulsionada pelo esporte, raça já possui 560 mil cavalos registrados na ABQM, entidade que tem mais de 30 mil sócios ativos

Fonte: Anderson Cavalcanti/Divulgação

O mercado do cavalo quarto de milha cresceu 30 por cento em 2017. A vaquejada é uma das principais responsáveis por esse aumento no número de animais da raça.

Um indicativo do vigor desse mercado foram os evento Potro do Futuro e Campeonato Nacional de Vaquejada, encerrados no fim de semana passado, no Parque das Palmeiras em Lagarto, Sergipe. Cerca de mil animais quarto de milha participaram de competições no local.

O mercado dessa raça voltada aos esportes equestres, vem apontando crescimento desde julho deste ano.

Inteligência, docilidade, facilidade para manobrar e força, muita força na hora de arrancar. Esse é o quarto de milha. O criador Paulo Farha é dono do maior plantel da raça no Brasil: são mais de 900 animais.

“A nossa criação tem 45 anos já. Começou com o meu pai, que ainda está ativo. Hoje, segue comigo e com meus filhos. A nossa criação cresceu acompanhando o crescimento da raça no Brasil”, diz o criador.

A prova 3 tambores é a modalidade mais popular realizada pela raça no país. Mas a vaquejada, o esporte que mais teve evolução no bem-estar animal segundo a ABQM (Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha), vem demandando cada mais animais.

“A gente espera que em 2018 sejam registrados próximo de 28 mil animais. Nós somos a maior associação do Brasil. A gente tem hoje mais de 30 mil sócios ativos e 540 mil animais registrados. Tudo isso é por conta do esporte. É o esporte que faz o criador melhorar a genética no seu plantel”, Daniel Costardi, superintendente da ABQM.

A associação estima uma média de 25 a 30 mil novos animais registrados a cada ano. A raça, que é sinônimo de rapidez, tem participado do crescimento dos esportes equestres no Brasil.

Em junho deste ano foi aprovada a emenda constitucional que definiu que as práticas desportivas que utilizem animais não são consideradas cruéis, nas condições especificadas pela lei. E desde julho o crescimento do mercado da raça foi de mais de 30% no país.

“Legalizando todos os esportes equestres, isso fez com que a o cavalo quarto de milha superasse momentos difíceis em pouco tempo. É uma raça extraordinária, que tem no esporte o seu recado principal. Tambor, baliza, vaquejada, conformação, laço e outros tantos. Muita premiação envolvida, e com isso hoje consegue superar o PIB nacional”, afirma Rodrigo Loureiro, diretor da Agreste Leilões.

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