Apesar do ano atípico, que mudou a rotina de muitos setores do agronegócio, o segmento de pesquisa continuou firme e forte desenvolvendo novas cultivares para melhorar a qualidade e produtividade dos produtos brasileiros.
Para falar sobre este assunto, o Rural Notícias desta segunda, 22, recebeu o presidente da Embrapa, Celso Moretti, que falou sobre o que deve sair do papel em 2021 e quais os desafios da pesquisa agropecuária no Brasil.
- Abag: Reforma tributária é a maior preocupação do setor em 2021
- Faesp: Podemos reverter alguns pontos do projeto que aumenta impostos no agro
O primeiro, segundo ele, é aprovar o orçamento para distribuir a verba no ano que começa em poucos dias.
“Nós estamos buscando manter o orçamento que tivemos em 2019, pois sabemos que tivemos um 2020 atípico por causa da pandemia e ajuste fiscal. Trabalhamos com Congresso e Ministério da Agricultura para manter os R$ 320 milhões. No entanto, temos que aguardar a formação da comissão mista do orçamento”, explicou
Segundo ele, a Embrapa tem uma agenda robusta de pesquisa de desenvolvimento para 2021 e 2022. “Acabamos de lançar a sétima edição do plano diretor, para os próximos 10 anos, com objetivos e temas estratégicos. Destaco grandes áreas importantes como intensificação sustentável, Integração Lavoura, Pecuária e Floresta, agricultura digital e biotecnologia”, disse.
Moretti também falou do Programa Nacional de Solos, com quatro instituições parceiras e que visa mapear todos os solos brasileiros em 30 anos. “Em 2021 estão previstos os mapas de aptidão agrícola. Também lembramos que a Embrapa tem parceria com as 100 maiores empresas do agro brasileiro, com muitos contratos sendo negociados em diversas áreas”.
Por fim, Celso Moretti afirmou que, em 2021, deve sair do papel um biopesticida para o controle da lagarta falsa medideira na soja e algodão.