Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Veja as dicas dos analistas para aproveitar as altas no preço do boi gordo

Diante de tamanha oscilação nas cotações do boi gordo, alguns especialistas explicam como o pecuarista pode aproveitar essa onda de alta para se dar bem

Fonte: Embrapa

O preço da arroba do boi gordo subiu nas últimas semanas. Apesar de a notícia ser positiva, os valores estão 20% menores na comparação com os que eram praticados no mesmo período do ano passado. Veja a orientação dos analistas para quem tem animal pronto para o abate.

A razão para as elevações recentes nas cotações do boi gordo, segundo analistas de mercado, é a menor oferta de animais prontos para o abate. Como os frigoríficos têm encontrado dificuldades na compra de novos lotes, o pecuarista que possui animal para oferecer, acaba conseguindo um preço melhor.

Naturalmente, no início da entressafra, há um processo que os pecuaristas são obrigados a ajustar o seu rebanho à capacidade de suporte das pastagens, que fica prejudicada com a intensificação do frio e com a redução das chuvas, afirma Ferraz. “Ao fazer isso, aumenta-se a oferta pressionando os preços para baixo. Passado este processo, como aconteceu agora em agosto, naturalmente há uma redução de oferta e isso tende a dar uma pequena correção de preços. Esta é a minha interpretação do que aconteceu”, explica Ferraz.

A média do indicador Esalq/BM&FBovespa registrou alta na última semana. Em São Paulo, a arroba tem sido cotada R$ 129. “São Paulo tem uma produção pequena de bovinos, até porque, efetivamente, as terras são bastante caras. Mas, tem o maior mercado consumidor do Brasil, tanto da região metropolitana como do interior do estado. É um estado que consome demais e consequentemente tem uma demanda maior. Efetivamente o animal abatido no estado tem menos custos logísticos e um preço melhor, diz o analista José Vicente Ferraz.

A melhora no cenário dá um respiro ao pecuarista que há meses vem sofrendo com os baixos preços praticados no mercado, mas ainda está longe do ideal. Para se ter ideia, a média de preço no mesmo período do ano passado, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), era de R$ 156. Para quem trabalha no setor é difícil saber se estas altas vão se manter.

“Quem acompanha o mercado sabe que ele é bastante explosivo, vai da euforia à depressão em uma velocidade muito grande. Vejo a oferta se manter mais o menos nesse patamar, enquanto a demanda, infelizmente, não tem grandes perspectivas de melhorar, porque embora as exportações venham caminhando razoavelmente bem, o fato é que o grosso do consumo vem do consumo interno e esse continua muito prejudicado pelo fato de poder aquisitivo do consumidor”, conta Ferraz.

Outros especialistas acreditam em estabilidade nos preços. Segundo Ari Lacorte, a demanda agora tende a superar a oferta por causa da seca e aí, a oferta de animais terminado cairá drasticamente. “Inclusive, neste último aumento de preço, na minha percepção, pode ser que marque a quebra de tendência de queda de preço e daqui até o final do ano nós vamos ter só alta, ou preço estável”, diz Lacorte.

Sair da versão mobile