O fim de semana foi de intensos temporais no Sudeste com transtornos, a exemplo da cidade de Contagem, em Minas Gerais. A chuva vai continuar forte pelo Sudeste, pelo menos até a sexta-feira, dia 11. Os riscos para danos, como alagamentos e deslizamentos de terra são grandes com o solo encharcado. Os maiores acumulados são esperados entre São Paulo, todo o estado do Rio de Janeiro e do Triângulo Mineiro ao sul e Zona da Mata Mineira. Não se descarta o risco de eventual queda de granizo e ventania.
A chuva será provocada por um corredor de instabilidades que vai se formar ligando o Sudeste com a umidade proveniente da floresta Amazônia. “Pelas suas características, há condições para ser classificada como Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), região associada a uma banda de nebulosidade que causa chuvas fortes e constantes desde o Amazonas até o Sudeste, e persistem no mínimo 3 dias seguidos, o acontecem mais entre outubro e abril.
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Essa formação ainda está sendo monitorada para ver se será classificada com esse nome. Mas, de qualquer forma, o corredor de umidade já está instalado e permanece por vários dias atuando nesta região”, explica Patrícia Vieira, técnica em Meteorologia da Somar. Segundo ela, estão previstos mais de 150 milímetros de chuva pelo Sudeste e até mesmo parte do Centro-Oeste (Mato Grosso, Goiás e DF), além da metade sul de Tocantins, na região Norte, por conta deste corredor de umidade que vai durar a semana inteira. No Norte, os maiores volumes previstos estão concentrados no Pará, Amazonas e Tocantins.
No Nordeste, a previsão é de tempo firme desde o leste do Piauí até o litoral do Rio Grande do Norte e o Recôncavo Baiano, ainda por conta do centro do vórtice ciclônico nos altos níveis da atmosfera. Por outro lado, a borda desse mesmo Vórtice Ciclônico, a mais de 10 km de altitude, causa novos temporais do oeste do Piauí ao Maranhão e no oeste e sul da Bahia. Há riscos nessas áreas de raios e rajadas de vento, e possibilidade de eventuais quedas de granizo, em pontos bem isolados. Salienta-se que nas áreas próximas de Minas Gerais, pode chover mais forte, pela influência do corredor de umidade que vem da Amazônia. Entre quarta, 9, e quinta, 10, a chuva ganha força nas áreas de soja do sul e oeste da Bahia.
No Sul, a semana começa ainda com chuva do sul do Rio Grande do Sul ao norte do Paraná. São precipitações na forma de pancadas, que variam de fraca a forte intensidade e são isoladas, com riscos de raios e rajadas de vento, na maioria das áreas ficam acima dos 50km/h. As temperaturas seguem baixas no decorrer da Região, principalmente entre o leste de SC e o leste do PR. Na terça-feira, 8, as pancadas serão mais isoladas.
