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Ele lembra que várias estradas incluídas no pacote de novas concessões – como a chamada Rodovia do Frango, entre Santa Catarina e o Paraná, além de outras vias em regiões produtoras de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás – ajudarão no escoamento de safras com custos menores.
– Um dos grandes gargalos para o setor é infraestrutura e logística e na próxima safra isso vai ser mais notado, por conta dos preços de commodities menores, custos mais altos e margens apertadas. Um pacote volumoso de quase R$ 200 milhões fará uma diferença brutal e traz alívio ao setor. Além disso, a inclusão de ferrovias, principalmente, e de portos vai nos ajudar a manter competitividade – explica Cornacchioni.
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A Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovia (ABCR) também comemorou o novo plano, afirmando que é um importante passo para um modelo transparente de investimentos. Segundo a entidade, setor pretende investir R$ 55 bilhões para os próximos anos.
– As concessões de rodovias já têm 20 anos de resultados comprovados e investimentos realizados. O setor já investiu R$ 43 bilhões e para os próximos cinco anos já estão programados investimentos de cerca de R$ 55 bilhões de contratos assinados. Somam-se a estes investimentos o valor de R$ 66,1 bilhões anunciados pelo governo – afirma a ABCR, em nota.
Ainda segundo a associação, alguns aspectos não podem ser esquecidos para garantir a execução de investimentos durante o contrato: celeridade para a liberação de licenças ambientais e autorizações do governo para a execução das obras.
Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, PIL “vai ao encontro de anseios do setor produtivo”, principalmente o leilão da BR-364, que cruza Mato Grosso e Goiás e serve como rota de escoamento da produção do Centro-Oeste para portos dos Arcos Norte e Sul.
Em nota, ele citou o crescimento da produção de grãos em 130% nos últimos anos, o que representa uma média anual de 6,2%, como exemplo da necessidade do plano do governo.
– Em um cenário como esse fica claro que é preciso investir. O nosso custo de escoamento é 18% maios se comparado com os Estados Unidos. A cada cinco anos nós gastamos uma safra para escoar nossa produção – disse.