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Saiba o que é peste suína clássica

Tudo o que você precisa saber sobre a doença e como proteger sua criaçãoA Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) declarou nesta quinta, dia 28, que Santa Catarina e Rio Grande do Sul estão áreas livres da peste suína clássica, o que habilitará estes estados a exportar com menos burocracia – ambos são responsáveis por quase 70% das vendas brasileiras do produto para o exterior.

Apenas 21 países receberão o certificado mundial da OIE que chancela que eles estão livres da doença.

No Brasil, 15 estados e o Distrito Federal são reconhecidos nacionalmente como tal – Acre, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.

• Veja também: SC e RS serão áreas livres de peste suína clássica

Até a década de 1980 a peste suína era endêmica em várias partes do país, quando foram organizados os Programas Oficiais do Ministério da Agricultura de Combate e Erradicação da Peste Suína.

Ela está incluída na lista de doenças de notificação obrigatória da OIE por conta da grande capacidade de difusão.

O que é?

A peste suína clássica – também conhecida como febre suína e cólera dos porcos – é uma doença altamente contagiosa que atinge porcos e outros animais como javalis. A taxa de mortalidade depende da força do vírus e a idade e estado dos animais. No caso do vírus mais forte, a mortalidade é de 100%, com ela ocorrendo entre duas e três semanas, independente da idade do animal.

A infecção provoca febre alta, paralisia nas patas traseiras, manchas avermelhadas pelo corpo e dificuldades respiratórias. Quando infecta fetos, ela pode provocar má formações e abortos.

Entre as formas de transmissão estão alimentos ou água contaminados, contato com animais infectados, equipamentos sujos e roupas de indivíduos que mantiveram contato direto com animais doentes ou que possuem o vírus incubado. Normalmente a incubação é de quatro a seis dias, com oscilação de dois a 20 dias.

A doença é detectada por meio de exames de laboratório, através da retirada de sangue ou de alguns órgãos como rins e baço. A análise demora, em média, sete dias para ficar pronta.

Histórico

O primeiro registro que se tem da doença é de 1810, no estado norte-americano do Tennessee. Ela chegou à Europa no final do século 19, e em 1899 ela desembarcou na América do Sul.

• Veja também: Paraná busca status internacional de área livre de peste suína clássica

Atualmente, os países e regiões que ainda registram problemas de peste suína são Alemanha, Hungria, Letônia, países africanos, asiáticos e sul-americanos, entre eles Guatemala, Cuba e Haiti. Entre os que estão livres da doença estão Austrália, Canadá, Reino Unido, Nova Zelândia, Bélgica, Países Nórdicos, Suíça e América do Norte.

O que fazer?

No momento em que a peste suína for constatada no rebanho, o primeiro passo é alertar as autoridades. Em locais onde não houve vacinação, os animais são sacrificados e restringe-se a movimentação de carne suína, animais vivos e outros vetores que podem transmitir a doença.

Para evitar a contaminação, além da vacinação do rebanho uma vez por ano, as autoridades recomendam:

• Separação das instalações nas diferentes fases de criação

• Instalação de cercas adequadas que evitem a entrada de animais

• Limpeza e desinfecção das instalações e dos veículos que transportam animais

• Saber a origem de animais adquiridos e fazer a quarentena dos mesmos quando chegam à propriedade

• Limpeza e desinfecção das mãos e das botas das pessoas que lidam com os animais

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