A disparada do dólar tem ajudado os produtores rurais a comercializar a safra 2019/2020. De acordo com a Terra Agronegócio, as vendas seguem adiantadas. “Goiás, por exemplo, já vendeu 70% da soja, Mato Grosso já vendeu 76% do grão, e o Brasil já vendeu mais de 50%”, explica o analista de mercado Ênio Fernandes. Segundo ele, como os insumos foram comprados com um dólar mais baixo, o produtor vai conseguir uma boa renda.
O especialista faz uma comparação com o país vizinho. “O Paraguai tem um problema gravíssimo de desorganização com máquinas, insumo, crédito. Eles não ganham com essa valorização do dólar e a desvalorização da sua moeda local”, conta
Para ele, se o produtor brasileiro for perspicaz e ponderado, deve ter uma safra 2019/2020 com muita margem. “Eu não acredito que o preço dos insumos vão subir tanto, porque a competição por fornecimento é global e poucas origens tem capacidade de comprar com maiores altas de produtos em dólar”, completa ele.
O analista aconselha comprar de forma escalonada. “Os nossos parceiros que demandam grãos, que utilizam os grãos, deve comprar escalonadamente, principalmente o milho para não inflar mais os preços. Desta forma, pode-se construir um estoque até chegar na segunda safra”.