Desde o último dia 4 de setembro, o Brasil anunciou a suspensão das exportações de carne bovina para a China, principal importador do produto nacional. Após seis semanas sem um posicionamento oficial dos chineses, a ministra da Agricultura Tereza Cristina decidiu encaminhar uma carta ao ministro-chefe da GACC (autoridade chinesa responsável pela alfândega) e se colocou à disposição para tratar pessoalmente do tema. Segundo informações do Ministério da Agricultura (Mapa), a solicitação da ministra ainda aguarda uma resposta.
A abordagem é uma tentativa de fazer as negociações evoluírem entre os países, após mais de um mês de interrupção do fluxo de comercialização da proteína, por causa de dois casos atípicos do “mal da vaca louca”. Desde então, o Brasil
As regras preveem a normalidade das negociações após investigação dos casos por um laboratório internacional, como foi feito pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) no Canadá. Mas, mesmo após o diagnóstico da OIE ter atestado que o país se mantém sem risco de contaminação pela doença, as compras não foram retomadas. “A OIE analisou as informações prestadas em decorrência dos dois casos de EEB atípica e reafirmou o status brasileiro de “risco insignificante” para a enfermidade”, disse o Mapa em nota enviada ao Canal Rural.
No fim do mês passado, o Ministério disse, também em nota, que continuava aguardando um retorno dos chineses e que havia sido encaminhada uma solicitação para reunião técnica. Na época, as autoridades do gigante asiático disseram estar analisando as informações apresentadas.
“Por tudo o que foi dito, não temos como estabelecer uma data para a retomada das exportações de carne bovina para a China, pois a decisão não cabe ao governo brasileiro. Temos acompanhado de perto e com preocupação a situação dos frigoríficos”, completa a nota do Mapa.