A colheita da safra de trigo está praticamente finalizada no Brasil. A expectativa é de que esta temporada registre uma produção recorde.
Para o Carlos Cogo da Cogo Inteligência em Agronegócio, o cenário é altista com preços sustentáveis, já que o preço internacional do trigo vem valorizando as cotações.
“O mercado externo está com cotações muito firmes, o trigo tem uma sustentação em relação ao preço do milho que está bem sustentado na bolsa de Chicago. Além disso, as cotações do trigo para rações e para panificação estão em níveis elevados, próximo a 7,90 a 8 dólares por bushel. Isso indica que os preços no Brasil vão continuar sustentados durante e depois da colheita, há tendência e o viés é altista para os preços dos grãos no mercado interno”, explica Cogo.
O analista ainda ressalta que a produção de trigo vem sendo valorizada no mercado internacional devido a quebra de safra dos principais produtores internacionais de trigo, como o Canadá.
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“É uma safra recorde atingindo 7,9 milhões de toneladas e os preços estão bastante sustentados em plena colheita e o principal motivo é a alta dos preços internacionais do trigo. No acumulado dos últimos 12 meses o trigo argentino já acumula uma alta de 24% em dólares”, diz.
Sofre as cotações, o analista ainda indica que a cotação do trigo atual é a mais alta dos últimos 8 anos. “Está entre R$ 1.500 a R$ 1.600 a tonelada, isso significa uma cotação ao produtor de R$ 96 por saca, maior cotação dos últimos 8 anos, com tendência a se manter para o próximo ano, além de estimular o produtor a elevar a área plantada em 2022”, conclui.