A classificação dos grãos continua sendo um ponto bastante preocupante para a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) e para as 16 entidades estaduais ligadas a ela. O tema foi discutido em reunião com a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e a Associação Nacional de Exportadores de Cereais (Anec).
“O que vemos é que as empresas compradoras são ótimas no momento de fazer o barter, negociar o grão e fazer os contratos futuros, mas na hora de receber o produto, a falta de estrutura de recepção e secagem é evidente. Além disso, não existe um padrão de classificação entre as empresas; cada uma faz como quer, e sempre o prejuízo fica na mão do produtor”, destacou o presidente da Aprosoja Goiás, Adriano Barzotto.
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A Aprosoja diz que a situação é agravada pelos atrasos na colheita e pela grande perda de qualidade dos grãos em função do excesso de chuvas nas últimas semanas. “Muitas regiões já não conseguem mais alcançar o padrão de soja para exportação”, pontua.
Diante disso, a associação defende mudanças na classificação de qualidade dos grãos, assim como alterações nos contratos de comercialização para possibilitar melhor resolução dos problemas em momentos de crise, como observado agora.
Novos encaminhamentos estão programados para os próximos dias, porém soluções definitivas só devem ser praticadas na safra 2021/22. De imediato, os participantes da reunião concordaram em reativar o Comitê de Mediação coordenado pelo Ministério da Agricultura.