O Brasil pode não ter quebrado o recorde histórico de exportações de soja em grão em 2020, mas os resultados obtidos são dignos de grande comemoração. De janeiro a dezembro o país vendeu 82,978 milhões de toneladas ao exterior, alta de 12% ante 2019, que havia fechado em 74,063 milhões de toneladas. Os dados são da Secretaria do Comércio Exterior (Secex), ligada ao Ministério da Economia.
Em receita, o resultado do acumulado do ano foi um pouco menor, mas ainda bastante expressivo, chegando a quase 10%, ou seja, em 2020 rendeu ao país US$ 28,566 bilhões, contra os 26,071 bilhões de 2019.
Preço por tonelada
Com os números fechados, o preço médio pago pela tonelada de soja em grão em 2020 ficou na casa dos US$ 344,25, que representa uma queda de 2,2% ante os valores médios pagos pela soja em 2019, que era de US$ 352,01.
Maiores compradores
A China segue como a maior compradora de soja do Brasil. No ano passado, o país importou 60,601 milhões de toneladas do grão brasileiro, ou seja, 73% de tudo que foi vendido, foi para os asiáticos. Em 2019, a participação da China nas exportações totais do Brasil era de 78,3%.
Na sequência aparecem:
- Países baixos (Holanda), com 3,250 milhões de toneladas;
- Espanha, com 2,918 milhões de toneladas;
- Tailândia, com 2,632 milhões de toneladas
- Turquia, com 2,137 milhões de toneladas
- Paquistão, com 1,219 milhões de toneladas
- Rússia, com 1,071 milhões de toneladas
Os demais importaram menos de 1 milhão de toneladas do Brasil cada um. Entre eles o concorrente Estados Unidos, que comprou 209 toneladas do Brasil no ano (em 2019 tinham comprado apenas 1 tonelada de soja em grão brasileira).
Quase recorde
Durante boa parte de 2020, comentou-se sobre as chances de o Brasil bater o recorde de exportação de soja em grão para o mundo. Isso porque, boa parte dos meses o país estava vendendo mais soja que em 2019 e também ante 2018. Somente em dezembro, quando se vendeu o menor volume mensal de soja (274 mil toneladas) desde janeiro de 2015 (85,822 mil toneladas) foi que o país perdeu a briga contra 2018.
Confira o gráfico da evolução abaixo: