O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) divulgou relatório sobre a evolução da colheita das lavouras de soja. Até o último domingo, 3, a área colhida estava apontada em 34%. O mercado esperava 32%.
Porém, em igual período do ano passado, a colheita era de 35%. A média é de 26%. Na semana passada, o percentual era de 16 pontos.
O órgão também revelou dados a respeito das condições das lavouras. Levando em conta esta segunda-feira, 4, 58% estavam entre boas e excelentes condições – o mercado esperava o mesmo índice -, 28% em situação regular e 14% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana anterior, os índices eram de 58%, 28% e 14%, respectivamente.
Relação Brasil-Estados Unidos na soja
Para o consultor da Safras & Mercado, Luiz Fernando Gutierrez, Chicago não trabalha com perdas para o Brasil e está precificando o mercado entre US$ 12,50 a US$ 13,00 por bushel neste momento. Quanto ao câmbio, o especialista avisa que o ano eleitoral brasileiro pode trazer volatilidade, o que demanda do produtor atenção à questão cambial “porque pode ser um diferencial na hora de fechar os negócios”.
Em relação a valores, o setor vem trabalhando com preço de safra de soja nova entre R$ 150,00 em algumas regiões brasileiras, com pequenas variações para cima ou para baixo. “São preços bem remuneradores, então acho que o produtor pode avançar na comercialização. Indicamos cerca de 30% de comercialização antes do plantio e 50% no momento da colheita”, avalia. “De forma geral, o produtor está bem avançado, com média de 26% de comercialização, mas pode progredir um pouco mais, sempre levando em conta essa volatilidade cambial”, completa.