O mercado brasileiro de soja teve bons negócios na parte da manhã desta quinta-feira (31). As cotações eram melhores naquele momento, pois o dólar subia e Chicago não caia tanto.
No entanto, a partir do meio-pregão, Chicago passou a ter queda firme, travando os efeitos positivos do câmbio.
No fim do dia, os preços domésticos ficaram de estáveis a mais altos para a soja disponível. Para o mercado futuro, houve tendência negativa, seguindo a CBOT.
Analistas de Safras & Mercado estimam a comercialização de cerca de 200 mil toneladas no Brasil no
dia.
- Passo Fundo (RS): subiu de R$ 152 para R$ 153
- Região das Missões: avançou de R$ 150 para R$ 151
- Porto de Rio Grande: cresceu de R$ 161 para R$ 162
- Cascavel (PR): aumentou de R$ 141 para R$ 142
- Porto de Paranaguá (PR): valorizou de R$ 151 para R$ 152
- Rondonópolis (MT): estabilizou em R$ 130
- Dourados (MS): escalou de R$ 132 para R$ 133
- Rio Verde (GO): foi de R$ 127 para R$ 129
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços mais baixos. Apesar do cenário fundamental positivo, o mercado fecha o mês realizando parte dos lucros acumulados no período.
A alta do dólar frente a outras moedas tira a competitividade da soja norte-americana e ajuda na pressão sobre as cotações. No mês, os ganhos se aproximaram de 3%.
O clima seco nos Estados Unidos pode comprometer a safra americana e há uma procura firme pela
oleaginosa daquele país, o que garantiu um agosto positivo.
Contudo, é bom ressaltar que a oferta mundial da soja tende a permanecer elevada mesmo com uma possível produção abaixo do esperado nos Estados Unidos. Brasil e Argentina devem ter safras consistentemente mais altas em 2023/24.
Exportações dos EUA
As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2022/23, com início em 1º de setembro, ficaram negativas em 50.700 toneladas na semana encerrada em 24 de agosto, o menor patamar da temporada.
Para a temporada 2023/24, foram mais 1.123.800 toneladas. Analistas esperavam exportações entre 800 mil e 1,6 milhão de toneladas, somando-se as duas temporadas. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Os exportadores privados norte-americanos reportaram ao USDA a venda de 132.000 toneladas de soja em grãos para a China, a serem entregues na temporada 2023/24.
Contratos futuros
Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com baixa de 18,00 centavos ou 1,29% a US$ 13,68 3/4 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 13,82 por bushel, perda de 17,75 centavos de dólar, ou 1,26%, na comparação com o dia anterior.
Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com perda de US$ 6,20 ou 1,51% a US$ 404,00 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 62,48 centavos de dólar, com baixa de 0,15 centavo ou 0,23%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão com alta de 1,65%, sendo negociado a R$ 4,9498 para venda e a R$ 4,9478 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,8640 e a máxima de R$ 4,9605. No mês, o dólar acumulou alta de 4,68% ante o real.