Ainda há trigo para colher no Rio Grande do Sul, o que tem retardado um pouco o plantio da soja. As primeiras lavouras com a oleaginosa estão pequenas, mas a sanidade é considerada excelente.
Em Passo Fundo, por exemplo, um dos grandes municípios produtores do grão no estado, as temperaturas baixas em pleno mês de novembro tem atrapalhado a germinação. Assim, as folhas que já emergiram têm estatura baixa.
Na fazenda do produtor Lisandro Weber, 60% da área destinada à soja foi semeada. “Este ano estamos com, aproximadamente, 1.600 hectares de soja, que é a nossa média de todos os anos. Temos um pouco de receio quanto ao clima, especialmente para o mês de dezembro, mas acreditamos que em janeiro já deva melhorar. A emergência [das plantas], em função das noites frias, atrasou um pouco, mas conseguimos ter um estande bem legal na soja que já nasceu”, detalha.
De acordo com o agricultor, ainda que a safra 2021/22 tenha sido marcada pela estiagem no Sul, sua propriedade não sofreu tanto com a seca. Para a temporada atual, Weber acredita que, conforme as análises meteorológicas que tem acompanhado, não haverá falta de chuva severa no estado.
Porém, ainda que o clima ajude e as técnicas de manejo estejam de em conformidade com as melhores instruções, a maior preocupação para ele é referente à comercialização. “Estamos cultivando esta safra com um custo muito mais elevado do que as duas anteriores. Tivemos um meio termo de custo baixo, médio e, agora, muito alto”, declara.