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Chicago volta a pressionar cotações da soja no Brasil

A baixa consistente dos contratos futuros em Chicago pesou sobre os referenciais domésticos da soja e afastou os negociadores

Os preços da soja tiveram queda generalizada nas praças de comercialização do Brasil nesta quarta-feira (20).

A baixa consistente dos contratos futuros na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) pesou sobre os referenciais domésticos e afastou os negociadores. O dia foi travado, praticamente sem registro de operações.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos baixou de R$ 188,00 para R$ 186,00. Na região das Missões, a cotação caiu de R$ 189,00 para R$ 185,00. No Porto de Rio Grande, o preço recuou de R$ 194,50 para R$ 192.

Em Cascavel, no Paraná, o preço passou de R$ 184,50 para R$ 183,00. No porto de Paranaguá (PR), a saca recuou de R$ 191 para R$ 189,50.

Em Rondonópolis (MT), a saca caiu de R$ 172 para R$ 169. Em Dourados (MS), a cotação baixou de R$ 173 para R$ 172. Em Rio Verde (GO), a saca seguiu em R$ 168.

Chicago

Os contratos futuro da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira com preços em baixa. Os sinais de fraca demanda pelo produto americano e a melhora nas condições climáticas no Meio Oeste determinaram a pressão sobre as cotações.

As preocupações com uma possível recessão global completaram o quadro de pressão sobre as cotações, reforçando os temores de uma menor procura pela oleaginosa. O petróleo voltou a cair e
o dólar se valorizou frente a outras moedas, tirando a competitividade dos produtos de exportação dos Estados Unidos.

Ainda assim, os exportadores privados venderam 136 mil toneladas de soja americana para a China, segundo anunciou o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Amanhã, o mercado aguarda os embarques semanais e aposta em vendas líquidas entre negativas em 100 mil a positivas em 500 mil toneladas.

As importações de soja do Brasil pela China caíram em junho ante o mesmo mês do ano anterior, enquanto as compras de produto dos Estados Unidos aumentaram.

A China, maior compradora mundial de soja, trouxe 7,24 milhões de toneladas da oleaginosa do Brasil em junho, ante as 10,48 milhões de toneladas no mesmo mês do ano anterior, segundo a Administração Geral da Alfândega. Dos Estados Unidos, a China adquiriu 773,114 mil toneladas em junho, ante as 54,806 mil toneladas no mesmo mês do ano anterior.

Os contratos da soja em grão com entrega em agosto fecharam com baixa de 28,25 centavos ou 1,91% a US$ 14,49 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 13,32 1/4 por bushel, com perda de 26,00 centavos de dólar ou 1,91%.

Nos subprodutos, a posição agosto do farelo fechou com alta de US$ 1,50 ou 0,34% a US$ 436,50 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em agosto fecharam a 60,03 centavos de dólar, com perda de 1,86 centavo ou 3%.

Câmbio

O dólar comercial fechou em alta de 0,79%, cotado a R$ 5,4620. A moeda norte-americana ganhou força em meio aos rumores da saída do primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, o que aumenta ainda mais a instabilidade na União Europeia e reforça as expectativas para a reunião do Banco Central Europeu (BCE), amanhã.