A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o complexo soja opera com preços bem mais altos no meio-pregão desta terça, 11. O mercado dispara, ultrapassando a barreira de US$ 16,25 por bushel pela primeira vez desde setembro de 2012, segundo a AgResource
Segundo a consultoria, o mercado se posiciona antes do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e faz reajustes diante das quedas desta segunda-feira, 10. A alta de hoje também é explicada pelo preço da oleaginosa no mercado físico americano, que disparou no interior de Illinois. Atualmente, um bushel de soja é avaliado em US$ 17,00 em Illinois ao passo que para o milho, o nível do bushel já atinge níveis de US$ 8.
Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em produção de 4,441 bilhões de bushels em 2021/22, superando a safra 2020/21, que está estimada em 4,135 bilhões de bushels. Para os estoques, a previsão é de elevação, passando de 120 milhões previstos em abril para 132 milhões de bushels. O número para a temporada 20/21 pode ser cortado para 118 milhões, segundo avaliação do mercado.
Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2021/22 de 88,8 milhões de toneladas, superando as 86,9 milhões de toneladas indicadas para 2020/21. Esse último número não deverá ser modificado no próximo levantamento.
A produção brasileira de soja em 2020/21 deverá ter sua estimativa elevada de 136 milhões para 136,1 milhões de toneladas. A safra argentina pode ter corte, passando de 47,5 milhões para 46,7 milhões de toneladas.
A posição julho de 2021 era cotada a US$ 16,19 3/4 por bushel, avanço de 32,25 centavos de dólar por bushel, ou 2,03%. A posição agosto de 2021 era cotada a US$ 15,53 por bushel, ganho de 25,00 centavos de dólar por bushel, ou 1,63%.
No farelo, julho de 2021 tinha preço de US$ 449,60 por tonelada, elevação de US$ 7 por tonelada ou 1,65%. Já a posição julho de 2021 do óleo era cotada a 64,81 centavos de dólar por libra-peso, valorização de 0,976 centavo de dólar por libra-peso ou 1,51%.